Daily News – Acomodação.
Desde ontem estamos vendo uma
consolidação das bolsas globais. Acho que o movimento faz sentido e pode
continuar, até com alguma correção – realização de lucros – no curto-prazo. Por
ora, ainda não vejo motivos para uma mudança radical de tendência, contudo.
Do lado positivo, os resultados
dos bancos divulgados até o momento foram positivos e causaram uma reação
positiva de suas ações. Além disso, o Core CPI divulgado ontem apresentou um
quadro de inflação baixa e controlada nos EUA, o que deverá permitir a manutenção
de uma política monetária expansionista no horizonte relevante de tempo.
Do lado negativo, os detalhes que
estão sendo divulgados pela mídia apontam para a manutenção de grande parte das
tarifas de importação dos produtos da China no acordo comercial junto aos EUA,
pelo menos até as eleições de novembro.
Se as tarifas eram um grande
vetor de pressão ao crescimento, é natural supor que não implementar tarifas
adicionais é um vetor de alívio, mas não retirar as tarifas existentes deve
continuar exercendo alguma pressão sobre o crescimento. A conferir, mas seria
um vetor menos construtivo de curto-prazo.
No Oriente Médio a situação é
fluida, porém frágil. Ontem vimos novos ataques – pontuais e localizados – em bases
no Iraque em que tropas americanas têm presença. Acredito que o mercado
reagiria negativamente apenas na eventualidade de um novo ataque americano ou
de uma postura ainda mais agressiva por parte do Irã, mas é uma questão a se monitorar.
O PIB da Alemanha apresentou crescimento
de 0,6% em 2019, o mais baixo em cerca de 6 anos:
No Japão, o Machine Tool Orders
manteve sua trajetória de forte queda em relação ao mesmo período do ano
passado:
Em termos de “valuations”, seguimos
observando um mercado que opera na banda de cima de sua precificação histórica,
tanto para ações como para renda fixa:
No Brasil, o Valor traz matéria falando do objetivo de
vender cerca de R$150bi em ativos em 2020, uma meta elevada, porém factível:
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