Daily News – Cisne Negro?

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Os ativos de risco operam com movimentos clássicos de aversão a risco, com forte alta do petróleo liderando o movimento, após o homem com uma das (se não a maior) patente militar e influência no Irã ter sido “assassinado” por uma operação militar dos EUA no Iraque.

Ontem a noite, logo após o evento, comentei rapidamente sobre isso, aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1212910239168782338

Há dois dias, comentei mais a fundo sobre os últimos eventos no Oriente Médio e seus riscos, neste texto: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/01/daily-news-bem-vindo-2020.html

Segundo especialistas, a morte de uma pessoa de tão alta patente e influência na região coloca o mundo em uma situação de extrema incerteza e fragilidade.

Acredito que as próximas 48 horas serão fundamentais para entendermos qual será a reação e postura do Irã diante de tamanha perda e agressividade dos EUA.

Geralmente, eventos como esse, causam uma alta no petróleo, que atua na direção de elevar a inflação e criar um “efeito renda” menor na população, freando o crescimento. Caso o evento seja dissipado rapidamente, esses efeitos tendem a ser pontuais.

Caso a situação se torne mais dramática, a história mostra que podemos caminhar para uma desacelerarão mais rápida do crescimento com inflação mais elevada.

Olhando de hoje, ainda é muito cedo para ter convicções em relação aos próximos eventos. Por um lado, parece provável que o Irã irá retaliar. Por outro lado, o Irã sabe que uma reação muito agressiva pode colocá-lo em um confronto com poucas chances de vitória.

De qualquer maneira, dado o nível – na minha visão excessivo – que algumas classes de ativos globais atingiram nas últimas semanas, acho razoável esperar alguma volatilidade e acomodação. Para quem gosta de olhar proteções, e sei que muitos não gostam (e respeito), nestes momentos, nada melhor do que Ouro, JPY (Iene) e Treasuries, além do próprio Petróleo.

O Irã é pouco representativo no mercado de petróleo global, mas os eventos recentes transcendem apenas a produção do país:



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