Daily News – Bem-Vindo a 2020!
Algumas análises dos últimos dias
para começarmos 2020. Algumas notícias positivas, alguns sinais que precisam
ser monitorados e algumas surpresas. No geral, um quadro neutro em relação ao
final de 2019:
China – O Manufacturing
PMI ficou estável em 50.2 pontos em dezembro. Para os otimistas, sinal de
estabilização do crescimento. Para os pessimistas, estabilização frágil, ainda
em patamar perigosamente baixo e as custas de uma nova rodada de estímulos.
O Non-Manufacturing PMI caiu de
54.4 para 53.5, em um sinal de desaceleração adicional da economia doméstica.
Abaixo, podemos ver os gráficos e tabelas com detalhes abertos do número:
Oriente Médio – Na semana passada, uma
base americana foi atacada no Iraque, com algumas vítimas fatais. O ataque
teria sido executado por milícias da Síria/Irã. Os EUA responderam com
bombardeios militares a bases dessa milícia.
Ontem pela manhã, a embaixada dos EUA no
Iraque recebeu uma tentativa de invasão, com protestos massivos em seu redor.
Isso tudo aconteceu ao mesmo tempo em que Irã, Rússia e China faziam exercícios
militares conjuntos no Oriente.
Não sou especialista político ou
geopolítico. Não quero ser profeta do apocalipse. Não acho, por ora, que
estamos diante de uma situação nova que mereça revisão de cenário.
Este tipo de situação, sem que escale para
algo maior, costuma ter impactos localizados – como no Petróleo e no Ouro – e apenas
pontualmente, com movimentos que, de maneira geral, não são persistentes na ausência
de uma deterioração adicional.
Contudo, uma deterioração geopolítica
seria um dos “riscos de cauda” que eu talvez tenha esquecido de citar para 2020
em post na semana passada.
Acredito que o evento tenha tido pouca
atenção do mercado ainda.
Coréia do Norte – O líder do
país está voltando a colocar pressão nos EUA e declarou que pretende anunciar
uma nova e potente arma em alguns dias. Aqui, novamente, a situação parece mais
ruído do algo concreto, pelo menos por ora. Não deveria ter impacto relevante
nos mercados.
Guerra Comercial – Foi anunciado
que a Primeira Fase do Acordo Comercial entre EUA e China será assinado dia 15
de janeiro e as negociações para a Segunda Fase começarão imediatamente depois.
A notícia é positiva, mas
amplamente precificada nos ativos de risco nas últimas semanas. Não acho que
seja um “trigger” para movimentos adicionais de valorização por si só.
De maneira geral, podemos estar
diante de uma situação nova no cenário geopolítico. A estratégia de Trump em
assinar um acordo comercial com a China abrindo mão de muitas coisas, além de
não se engajar em vários conflitos pelo mundo, pode estar sinalizando que as
eleições presidenciais deste ano terão grande impacto nas decisões do
Presidente dos EUA.
Isso pode estar levando alguns
inimigos dos EUA a acreditarem que não terão uma resposta mais adequada ou
agressiva e estimulando-os a adotar uma postura de maior confronto. Neste
momento, isso é apenas uma tese minha e de pouco impacto nos mercados. Contudo,
pode se tornar algo muito maior no decorrer do ano caso eu esteja correto.
Hong Kong – O “país”
vivenciou novo protesto maciço na virada do ano. Enquanto a situação não escale
para um confronto maior com a China, o problema tem se mantido localizado, com
impacto apenas nos ativos do país e na economia local.
Precisamos apenas monitorar a
postura da China. Uma mudança de dinâmica pode vir a tr impacto mais relevante nos
mercados.
Brasil – Poucas novidades
para o Brasil nesta virada de ano. Iniciamos 2020 com alguns desafios, como
aglutinar novamente o Congresso em torno de novas reformas, mas com um quadro
econômico um pouco mais arrumado.
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