No News is Good News.

Os ativos de risco apresentaram uma dinâmica bastante estranha na quinta-feira, o que pode ser explicado por fluxos pontuais de final de mês e de trimestre. Irei evitar fazer uma leitura desta dinâmica para não incorrer em interpretações erradas. O destaque do dia ficará por conta dos dados de emprego de agosto nos EUA. A minha impressão é que apenas números muito fora do consenso de mercado serão capazes de alterar de maneira fundamental a dinâmica dos ativos de risco.

Continuo vendo uma economia global saudável, sem riscos aparentes de inflação e com bancos centrais que irão normalizar suas políticas monetárias de maneira apenas gradual. Isso tende a favorecer os ativos de risco de maneira geral. O nível de preço e a posição técnica, contudo, aliados a alguns riscos de curto-prazo (como a situação na Coréia do Norte) estão favorecendo este movimento de consolidação. Comentei um pouco mais a fundo sobre estes tema aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/08/consolidacao-continua.html.

O fluxo de notícias para Brasil também continua esvaziada. A despeito do tom alarmista da mídia, a agenda do Congresso avança na direção das reformas e das medidas essenciais para o governo. Uma nova rodada de delações premiadas está sendo apresentada ao STF pela PGR, e novas denuncias contra o Presidente Michel Temer e seu núcleo político deverá ocorrer nos próximos dias.

No campo econômico, os dados de emprego divulgados ontem mostram uma promissora e positiva recuperação do emprego e da renda disponível,  o que já tem mostrado impactos positivos sobre o crescimento da economia. A inflação corrente está baixa. Os dados recentes levaram a uma nova onda de revisões positivas para a inflação deste e do próximo ano. Este ambiente tem ajudado a manter as expectativas de continuidade do ciclo de corte da taxa Selic.


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