Brasil: Inflação Benigna, Cenário Positivo.
A quarta-feira foi marcada por uma estabilização do humor global
a risco e pela continuidade do movimento de rotação de alocações dos países
desenvolvidos para os países emergentes. Os ativos do Brasil têm sido os mais
favorecidos por este movimento.
Nos EUA, o Congresso autorizou a liberação
de recursos para auxílio aos estragos causado pelo desastre natural do Furacão
Harvey, no estado do Texas. Além disso, cresceram as chances de um acordo
político que não paralise o país, e que dê condições de manter os pagamentos
das obrigações do governo, o que estava em xeque devido as negociações
políticas recentes. Estes eventos, aliados a ausência de novidades relevantes
no tocante a Coréia Norte, e dados que confirmam um crescimento saudável do
país, com o ISM Non-Manufacturing em níveis robustos de 55,3 pontos, deram
sustentação aos ativos de risco como um todo.
No Brasil, além do fluxo de notícias mais positivo, comentado esta
manhã aqui, https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/09/brasil-fluxo-de-noticias-positivas.html,
o IPCA de agosto ficou abaixo das expectativas do mercado, com alta de 0,19%
MoM e 2,46% YoY, contra expectativas de 0,30% MoM e 2,58% YoY. O qualitativo do
indicador continua mostrando um quadro extremamente benigno para a inflação
corrente e para a inflação prospectiva. O número deu ímpeto as expectativas do
mercado em torno de um ciclo de queda da Taxa Selic ainda mais intenso e a manutenção
de uma taxa de juros mais baixa por um período mais prolongado de tempo.
Continuo vendo espaço para o fechamento das taxas de juros no país, já que a
parte intermediária da curva de juros nominais precifica um ciclo de alta de
juros a partir de 2018 que não vejo como factível. Diante dos eventos
recentes, vejo espaço para a parte longa da curva de juros apresentar um
“catch-up” em relação as demais classes de ativos.
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