Daily News – Risk-On!
As últimas 24 horas têm sido bastante agitadas em
termos de “news flow” para os mercados globais. Primeiro, seguimos em um “mood”
mais positivo em torno de um possível acordo entre China e EUA, o que está
sustentando uma alta das bolsas globais:
Continuo com a mesma visão estrutural. O cenário base
é de um “mini acordo”, ou um acordo parcial, que evita a adição de novas
tarifas, mas não retira as tarifas anteriores. Isso sustenta o humor dos ativos
de risco no curto-prazo, mas não altera os desafios de longo-prazo em relação
ao crescimento global.
Ainda vejo os ativos de risco, grosso modo,
respeitando algumas bandas. No caso do S&P500, entre 2.800 e 3.000 pontos.
No caso do Ibovespa, entre 95.000 e 105.000 pontos. Podemos ver o mercado
testando as bandas superiores na eventualidade de um acordo.
Minha visão se tornará mais positiva caso um acordo
mais amplo seja anunciado. Ai sim, podemos ver a parte superior destas bandas
serem rompidas de maneira mais clara.
Na Inglaterra, tivemos sinais mais positivos
envolvendo o Brexit, o que sustentou o GBP e os yields do país. Não tenho
opinião ou vantagem comparativa para emitir sobre este tema. Acho que somos
passageiros deste evento:
Ao longo da noite, um cargueiro do Irã foi atingido
por dois mísseis no Mar Vermelho. Ainda especula-se quem foi o responsável pelo
evento. Isso está sustentando uma alta no preço do Petróleo e do Ouro:
No tocante ao Ouro, ainda gosto de carregar posições,
mesmo que menores, nos portfólios. A posição técnica está comprometida e o
metal vem passando por alguma acomodação. Acho válido deixar espaço para
alocações adicionais na eventualidade de um recuo de preços:
Finalmente, a desaceleração da economia da China pode
soar como um impulso adicional para algum tipo de acordo comercial junto aos
EUA:
No Brasil, as vendas no varejo divulgadas ontem
ficaram abaixo das expectativas, mas não alteraram o cenário mais construtivo
para o crescimento. Contudo, crescimento mais baixo e perspectivas de juros
mais baixos por mais tempo continua exercendo pressão sobre o câmbio.
Continuo vendo o Real respeitando uma banda entre
3,95 e 4,20. Será importante observar o leilão da Cessão Onerado no começo de
novembro. Os blocos ofertados ontem apresentaram um ágio superior a 250%,
captando quase R$9bi para o Governo, em mais um sinal positivo e de avanço para
a agenda econômica do país.
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