Como investir seu dinheiro no atual cenário?
A despeito de todo o "vai-e-vem" do mercado que tenho reportado diariamente, temos feito poucas alterações em nossas alocações estratégicas, ou de longo-prazo.
Abaixo, fazemos um breve resumo de
nossa visão de portfólio para os investimentos:
Juros: O Banco Central (BCB) cortou a
Taxa Selic em 50bps - para 5,5% ao ano - e sinalizou espaço para mais cortes de
juros no curto-prazo. Acreditamos que os juros ficarão mais baixos por mais
tempo, mas achamos o risco/retorno da curva de juros, em geral, pouco atrativo.
Vemos algum valor no carrego da curva longa de NTN-B como composição de
portfólio em um mundo de juros baixos ou negativos, em um ambiente de reformas
econômicas no Brasil.
Câmbio: Estamos neutros no mercado de
câmbio. Por um lado, vemos possibilidade de uma recuperação da economia
doméstica. Já por outro lado, vemos um dólar forte no mundo e, uma demanda
consistente e constante de compra de dólar pelo setor corporativo, por uma
série de vetores (recompra de dívida em dólar, pagamento de lucros das
subsidiárias às matrizes internacionais e afins). Nos últimos meses, o dólar
pode ter deixado o “range” de R$ 3,8 com R$ 4,1 para um novo “range” de R$ 4,0
com R$ 4,2. Ainda temos dificuldades de ver um movimento estrutural ou
direcional da moeda. Talvez, para isso, precisaremos de uma tendência mais
clara no mundo, para qualquer um dos lados.
Crédito: Seguimos favorecendo fundos “High
Yield” em detrimento a fundos “High Grade", pelos fatores amplamente
tratados neste espaço nos últimos meses.
Multimercados: Continuamos a migrar o portfólio
de fundos Macro para fundos mais de nicho. Acreditamos que o ambiente
prospectivo que vislumbramos será mais desafiador para os fundos Macro locais,
enquanto vemos distorções em outros mercados e estratégias específicas que
podem trazer “alpha” e descorrelação ao portfólio.
Renda Variável: Seguimos com posição acima da
média. A fase inicial do ciclo econômico, a robustez e capacidade de
crescimento das empresas locais, os juros mais baixos por mais tempo, a mudança
na maneira de investir do Brasileiro, a posição técnica saudável, são alguns
dos motivos que devem continuar sustentando a bolsa local.
Internacional: Continuamos a ver um cenário
desafiador internacionalmente. Por isso, favorecemos renda fixa a renda
variável, e gestores ativos em detrimento a gestores passivos. Seguimos buscando
produtos de “alpha” sobre produtos de “beta"
Comentários
Postar um comentário