Daily News– China, Guerra Comercial e Juros no Brasil.
Os ativos
de risco operam com viés negativo. Destaque para o dólar fraco e a alta dos
metais preciosos.
Há
pouco minutos, a Bloomberg soltou uma matéria que diz que a China dúvida
da capacidade de um acordo comercial mais amplo e estrutural com os EUA,
mesmo que a “Fase I” seja assinada. Isso está sendo o principal vetor de
pressão nos ativos de risco neste momento.
Contudo,
vejo com muito mais preocupação a queda adicional e abaixo das expectativas dos
PMIs oficiais da China em outubro.
O PMI
Manufacturing permaneceu abaixo do importante patamar de 50 pontos, o PMI Non-Manufacturing
apresentou queda adicional e a abertura do indicador mostra uma economia
doméstica bastante fragilizada.
Os
números de hoje mostram que a pressão na economia chinesa não é apenas fruto da
Guerra Comercial, mas de problemas, pressões e obstáculos muito mais internos,
estruturais e de difícil reversão.
Dito
isso, sigo bastante preocupado com a direção da do crescimento global. Entendo
que o mercado vem dando o benefício da dúvida para a Guerra Comercial, os
Bancos Centrais e o crescimento. Os eventos dessa noite/manhã retiram algum
suporte dos ativos de risco.
Em Hong
Kong o PIB apresentou forte contração, muito acima do esperado, afetado pelas
manifestações política e sociais no país:
No
Brasil, acho que o Copom atuou de maneira correta. Espero um “flattening” da
curva, com leve abertura dos juros curtos e fechamento dos juros longos. O
Copom indicou que a Taxa Selic terminal deve ser entre 4% e 4,5%, tentando
acabar com o “oba oba” dos “calls” de Selic abaixo de 4%.
Não
vejo relação mecânica clara com o dólar, como muitos tem comentado após a decisão
– de que a postura seria positiva para a queda da moeda americana. Entendo que
coloca um piso na Selic, mas o diferencial de juros continuará baixo. Estou
atento ao leilão do Pré-Sal e ao movimento externo da moeda dos EUA.
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