Daily News – Brasil: Notícias positivas. CAGED e Petrobras.


Crescimento da China ainda preocupa.

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade. O destaque da noite ficou por conta dos dados de atividade econômica na China. Contudo, vamos começar hoje falando de pontos positivos, no Brasil.

Ontem, vimos a divulgação do CAGED - criação de vagas de trabalho no mês – que ficaram acima das expectativas em setembro, tanto nominalmente quanto com ajuste sazonal. É mais um sinal positivo, mesmo que incipiente, de que estamos em um estágio inicial de recuperação.


Na noite de ontem, a Petrobras divulgou seus dados de produção, trazendo mais notícias positivas ao mercado. Segundo o JPMorgan:

Petrobras reported robust 3Q19 production volumes. Domestic hydrocarbon output reached 2.8Mboed, +9.3% QoQ and +14.5% YoY, in line with JPMe, with oil representing 2.2Mbpd, +10.3% QoQ and +16.9% YoY. The growth was driven by higher production in the pre-salt (+17% QoQ) as the PBR ramps-up the six new FPSOs in the region. We note that the FPSO P76 reached full capacity in record time of 7.7 months. Petrobras reiterated its production guidance of 2.7Mboed for 2019. Refining production and sales increased 2.9% and 3.4% QoQ, respectively, on higher demand in the period. We expect a positive reaction and reiterate our Overweight rating on Petrobras.

Na China, os dados de atividade econômica divulgado essa noite foram mistos, ainda com viés negativo. O PIB apresentou alta de “apenas” 6% YoY no terceiro trimestre do ano, abaixo das expectativas do mercado.

Vimos alguma recuperação incipiente da Produção Industrial, Vendas no Varejo e Fixed Asset Invesment, mas seus níveis continuam baixos e a recuperação pode ter sido puxada ou acentuada por medidas pontuais visando sustentar o crescimento no final do trimestre (vide comentário da Goldman Sachs no final deste texto).

Continuo vendo um ambiente desafiador para o crescimento do país. Pela primeira vez em muitos anos a China precisa lidar com uma desaceleração de sua economia interna. No passado recente, a desaceleração era liderada por investimentos ou produção, que eram facilmente combatidas com impulso fiscal, monetário ou creditício.

Com um elevado nível de endividamento atualmente, será o país capaz de estabilizar sua economia e seu crescimento? Sigo mais cauteloso e preocupado nesta frente:





Segue comentário da Goldman Sachs sobre os números de hoje:

The rebound in September data was mostly the result of administrative measures to boost growth to ensure quarterly growth didn’t fall too much. We saw this back in March and June. Similar to what happened after those 2 months, we don’t expect this to represent a turning point in broad growth momentum, especially given policy supports remain measured so far. This is mainly because of the constraint from higher CPI inflation which reached the effective ceiling of 3%.

To be sure, the above-expectation August and September TSF data showed the government did take actions to ensure liquidity supply to the real economy remain steady. But the sequential growth rates of TSF has not been particularly high. They were above expectations because expectations were very low. This is in turn because market observers tend to pay attention to price-based tools (especially interest rates) which are the main tools in other economies and easier to monitor but authorities appear have a preference to use quantitative tools (window guidance) instead.

Finalmente, mais um sinal de quadro técnico pouco saudável na bolsa dos EUA:



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