Daily News – Super Quarta! Bolsonaro, Fed e Copom.

Os ativos de risco operam próximos a estabilidade, com leve viés negativo. O dia terá como destaque as decisões do Fed e do Banco Central do Brasil, que comento abaixo.

Primeiro, vale mencionar sobre o imbróglio apresentado pela mídia na noite de ontem que tenta envolver o Presidente Jair Bolsonaro na história do assassinato de Mariele.

De acordo com as reportagens apresentadas, um dos suspeitos de assassinar a vereadora teria ido ao condomínio de Bolsonaro – onde outro suspeito também teria residência – e entrado no condomínio com uma autorização da casa do Presidente, que teria sido feita pelo “Seu Jair”.

O suspeito, contudo, teria ido a casa do outro suspeito no envolvimento do caso. Além disso, Bolsonaro participou de duas votações em Brasilia neste dia, conseguindo provar sua presença da capital federal.

O caso foi encaminhado para o STF. Por ora, vejo o evento apenas como um grande ruído. Dado tudo posto, me parece que será extremamente difícil provar a participação do Presidente neste episódio. Se isso acontecesse, sem dúvida seria um caso muito grave e perigoso. Caso se prove que todo o evento foi “fabricado” para tentar envolver o Presidente, a narrativa de que tentam persegui-lo a qualquer custo ficará evidente.

Neste momento, não vejo o episódio como alterando em nada a agenda econômica ou o quadro político local, mas seguirei acompanhando os fatos para qualquer novidade ou mudança substancial da situação.

Sobre a decisão do Banco Central do Brasil (BCB), espero corte de 50bps na Taxa Selic, para 5% e sinalização de que há espaço para a continuidade do ciclo de corte de juros. Este é o consenso de mercado. Qualquer coisa diferente disso será uma surpresa para o mercado.

Nos EUA, espero que o Fed corte os juros em 25bps, mas que sinalize para uma postura mais reativa de agora em diante, ou seja, deixará a porta aberta para novos cortes, mas sem indicá-la de maneira mais agressiva. Tendo a acreditar que este seja o consenso de mercado.

Na França, o PIB do 3Q apresentou alta de 0,3% QoQ, um número baixo, mas acima das expectativas do mercado. O país segue se favorecendo de um pacote fiscal anunciado após as manifestações dos “Coletas Amarelos”:


Interessante notar uma alta nas expectativas – uma espécie de prévia para o ISM – do indicador de crescimento elaborado pela Goldman Sachs. Contudo, nesta mesma linha, o indicador de “capex” (investimentos) do Morgan Stanley aponta para pressão adicional no crescimento dos EUA:




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