Daily News – A semana em revista.
Os ativos
de risco operam próximos a estabilidade, com leve viés positivo, após um final
de semana de poucas novidades relevantes para o cenário.
A
semana terá como destaque uma agenda de resultados corporativos relevantes nos
EUA, Brasil e Europa, decisão do Fed e do Bacen no Brasil, além dos dados de
emprego dos EUA na sexta-feira.
Seguimos
na mesma toada das últimas semanas, ou seja, com as bolsas globais testando suas
bandas superiores do “range” recente, sustentadas pela expectativa de algum
acordo entre EUA e China; pela atuação dos bancos centrais nas economias
desenvolvidas; por esperanças de estabilização do crescimento global; e por uma
temporada de resultados corporativos, até o momento, um pouco melhor do que o
esperado nos EUA.
Este humor
deve se manter até que algum desses pontos sejam de fato testados. Ainda vejo os
ativos globais operando dentro de suas bandas, mas entendo que exista a possibilidade
de as bandas superiores serem rompidas caso os vetores acima sejam
estruturalmente endereçados.
O
Brasil vem basicamente seguindo o humor positivo global, porém com um cenário estrutural
que me parece muito mais positivo do que o cenário global. Em linhas gerais,
vejo o pano de fundo global mais positivo apenas como pontual, ou cíclico, mas
um ambiente estrutural mais positivo para o Brasil e seus ativos.
Na
China, o Industrial Profits apresentou nova desaceleração em setembro, mostrando
que a pressão sobre a economia continua:
Nos
EUA, a Goldman Sachs reestimou a probabilidade de recessão no país, utilizando indicadores
diferentes dos usuais dado algumas mudanças estruturais na economia. Esta
probabilidade está hoje em 24% para o risco de uma recessão nos próximos 12
meses:
Interessante
observar os movimentos de “reflation” que o mercado está fazendo ao longo de
outubro, com o crescimento das esperanças de uma estabilização do crescimento
global. Por ora, isso ainda não é confirmado pelos dados econômicos:
O
cenário eleitoral na Argentina foi confirmado, com a vitória de Alberto Fernandes
ontem – como era amplamente esperado. O Banco Central do país apertou ainda
mais o controle de capitais, permitindo apenas a compra de US$200 por mês por
pessoa, montante que era até ontem US$10 mil. O país deverá entrar em uma longa
espiral negativa:
Finalmente,
na Alemanha, o partido de Merkel perdeu uma importante eleição regional,
mostrado que pode haver uma mudança política importante no país nos próximos
anos.
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