Sinais mais positivos. Chances de "relief rally" de curto-prazo.


Neste momento, pela primeira vez em muito tempo, vemos sinais mais positivos para os mercados emergentes, na figura de um dólar mais fraco no mundo. Me parece cedo para afirmar que chegamos ao fim do “sell-off”, até porque não houve mudança substancial de cenário econômico, mas acho essas sinalizações do mercado importantes, pois podem dizer muito a respeito da posição técnica e do nível de preços e valuation dos mercados.
O dia será marcado pela decisão do ECB na Europa, onde o mercado esta dividido em relação as expectativas do que será sinalizado na reunião de hoje.
No Brasil, o noticiário também apresentou algumas notícias marginalmente mais positivas. A despeito das informações desencontradas, os jornais dizem que o cenário mais provável é de uma aliança entre o DEM e o PSDB, vista como mais positiva pelo mercado. O Congresso aprovou o regime de urgência na votação do Regime da Cessão Onerosa e a privatização da Eletrobrás poderá entrar na pauta do Congresso ainda este mês. A caminhada nessa direção, mesmo que muito devagar, mostra alguma estabilidade no Congresso, sabendo das restrições no ciclo eleitoral, mesmo com um Governo em “fim de festa” e totalmente desorganizado. É um pingo de esperança em um oceano de incertezas.
Na China, os dados de atividade econômica ficaram abaixo das expectativas. É o primeiro mês de desaceleração mais acentuada do crescimento. Pode ser que efeitos pontuais tenham afetado o indicador. De qualquer maneira, em se falando de China, qualquer desaceleração deve ser vista como alerta para a economia global. É natural esperar medidas de ajuste monetária, fiscal e creditício com o intuito de administrar esta desaceleração de maneira mais gradual, ou seja, medidas de estímulo a economia devem ser anunciadas em breve.
A Goldman Sachs fez um breve apanhado sobre os números:
Industrial production (IP): +6.8% yoy in May (GS forecast: +7.2% yoy, Bloomberg consensus: +7.0% yoy); +3.8% month-over-month annualized in May vs. April, seasonally adjusted by GS. April: +7.0% yoy, +6.6% mom annualized.

Retail sales: +8.5% yoy in May (GS: +9.7% yoy, consensus: +9.6% yoy); April: +9.4% yoy.

Fixed asset investment (FAI): +6.1% ytd yoy in May (GS: +7.1% yoy, consensus: +7.0% yoy); single month May growth: +3.9%; April single month yoy: +6.1%.

Property-related data:

Floor space sold: +8.0% yoy in May, vs. -4.1% yoy in April (value of sales +20.6% yoy, vs. +5.8% yoy in April).

Floor area under construction: +2.0% yoy in May, vs +1.6% yoy in April.

New starts: +20.5% yoy in May, vs. +2.9% yoy in April.

Real estate investment: +9.9% yoy in May, vs. +10.1% yoy in April.
Na Inglaterra, as vendas no varejo superaram as expectativas, mostrando um crescimento robusto e saudável pelo segundo mês consecutivo. A melhora nas perspectivas de crescimento na região da Europa é importante pois é a região do país que mais vêm desapontando as expectativas nos últimos meses. Este tipo de indicado também favorece o humor global a risco.

 


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