Risk-On!
A despeito da ausência de avanços nas
negociações comerciais entre os EUA
e a China, os ativos de risco estão
abrindo a semana em tom mais positivo, com um movimento clássico de “risk-on”.
Os recentes dados econômicos positivos ao redor do mundo, que mostram um
crescimento global ainda saudável e relativamente robusto, parecem estar dando
suporte ao humor global a risco. Além disso, a posição técnica mais saudável e
o nível de preços mais atrativo parecem estar dando suporte adicional a estes
movimentos.
No final de semana, o destaque da
mídia internacional ficou por conta da ausência de um acordo, ou até mesmo a
ausência de qualquer tipo de avanço, nas negociações comerciais entre China e
EUA. Por ora, o mercado está vendo este tema apenas como um “risco de cauda”. A
recente postura dos EUA, contudo, eleva as chances de um erro de cálculo e de
que alguma “guerra comercial” seja de fato “instalada” no cenário.
No Brasil, os jornais de final de semana continuaram repercutindo os últimos
eventos na Patrobrás, com a mudança de presindente da empresa e o
enfraquecimento da gestão da companhia. Além disso, os efeitos da greve dos
caminhoneiros ainda ecoa sobre um cenário incerto. A recuperação dos ativos de
risco no mundo, contudo, pode trazer algum alivio, mesmo que temporário, para
os ativos brasileiros.
Eu mantenho minha tese de
investimento de juros mais altos estruturalmente nos EUA. No Brasil, estou sem
uma tese estrutural no curto-prazo. Continuo com uma visão mais cautelosa,
preferindo carregar alguma posição de inflação implícita, que me parece com um
risco\retorno relativamente atraente. Os demais ativos, prefiro manter postura
tática, dinâmica, agil e sem preconceitos, porém com um viés ainda mais
negativo, pelo menos até que se tenho uma noção mais clara de cenáio
internacional.
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