Brasl\EM: "Between a rock and a hard place".
Nesta manhã, o dólar opera mais fraco
contra as moedas de G7, porém mais forte contra EM. Observamos uma abertura de
taxas de juros nos EUA e uma leve alta global das bolsas, os bonds da Itália operam,
neste momento, sobre pressão.
Ontem pela tarde comentei mais a
fundo sobre o pano de fundo global e seus impactos sobre os ativos locais (https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/06/brasil-reacao-dos-mercados-e-condizente.html).
Sigo com a mesma visão. Uma recuperação do cenário de crescimento dos EUA
levará a uma nova rodada de abertura de taxas de juros no país, colocando
pressão adicional nos países emergentes. Um cenário de desaceleração global, o
que me parece mais um “cenário de cauda”, ou seja, me parece mais um risco do
que um cenário central, também manteria essa classe de ativos, de alguma forma,
pressionada. Assim, estamos cada vez mais distantes do cenário de “Goldilocks”
que prevaleceu grande parte de 2016 e 2017, e mais perto de um cenário que
podemos caracterizar como “between a rock
and a hard place”.
No Brasil, os jornais de hoje reportam que o evento e busca de união
do centro para as eleições deste ano foi esvaziada. A candidata Manuela D´avila
estaria mantendo conversas constantes com Ciro Gomes. Segundo o Estadão, o
Governo poderá rever o preço do frente, a fim de atender uma demanda do
agronegócio. Se confirmado, será mais uma ação que não deverá ser bem vista
pelo mercado, pois mostrará que este governo resolveu seguir o caminho da
intervenção e, de certa forma, do populismo, atendendo demandas e pressões de
diversos grupos da sociedade. Como já comentei aqui nas últimas semanas, este é
o grande risco do cenário local, pois nenhum dos candidatos que se mostram
competitivos mostra capacidade e convicção para não migrar para uma postura como
essa (https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/06/relatorio-semanal-de-asset-allocation.html).
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