Sinais de estabilização. Fragilidade ainda presente no cenário externo.
Os ativos de risco apresentaram ontem
um dia de “risk-off” clássico. Hoje pela manhã, estamos observando uma dinâmica
mais estável, sem novidades relevantes no cenário. Os sinais de fragilidade,
contudo, ainda permanecem.
Continuo com visão cautelosa e
esperando que os mercados continuem apresentando movimentos de “stop-and-go”,
ou “risk-on, risk-off” ao longo do ano, até que um cenário mais negativo se
desenvolva. Este roteiro seria seguido seja pelo erro na política comercial
americana, seja pela alta mais aguda da inflação nos países desenvolvidos (e
nos EUA em especial), ou pela chegada do risco de desaceleração do crescimento
global. Nenhum desses vetores (ainda) parecem estar presentes, o que me leva a
crer que, por ora, o cenário base seja de mais volatilidade, porém ainda dentro
dos “ranges” (das bandas) que estão
sendo respeitadas ao longo deste ano.
No Brasil, a única novidade na mídia
fica por conta da possível aliança do PR a Jair Bolsonaro nas eleições. O DEM
parece ter encomendado pesquisa com Datena como vice de Maia, o que poderia
levar Maia a uma posição mais vantajosa nas pesquisas eleitorais (fala-se em 8%
das intenções de voto). Finalmente, o PT testando Jacques Vagner como candidato
mostra uma capacidade de obter 5% das intenções de voto apenas na Bahia.
De qualquer maneira, nada de
concreto, o que mantém o cenário ainda desafiador e indefinido no campo
político.
Os ativos do Brasil apresentaram ontem
um dia de recuperação. Acredito que grande parte do movimento tenha sido
sustentada pela posição técnia, já mais negativa, e pela percepção de
valuations e preços mais atrativos nos ativos do país. Entendo que teremos
volatilidade e melhoras na dinâmica não podem ser descartadas. Contudo, para
uma melhora sustentada e estrutural precisaremos de um cenário externo mais
favorável e de uma definição do cenário político. Por ora, nenhum desses
vetores me parecem presentes.
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