Inflação nos EUA em foco!


Os ativos de risco operam próximos a estabilidade, exceto por alguma leve pressão em algumas moedas emergentes, como o TRY e o ZAR, neste momento.
O destaque da noite ficou por conta da assinatura de um memorando (um espécie de acordo) para a “desnuclearização” da Coréia do Norte. Este movimento era, em parte, esperado e já vinha sendo precificado pelo mercado, desde quando um fórum entre EUA e Coréia do Norte foi confirmado. Não espero nenhum movimento de mercado proveniente deste evento, mas entendo a enorme importância deste acontecimento para a sociedade e para todo o mundo.
O dia será marcado pela divulgação do Core CPI nos EUA. De forma simplificada, acredito que um número acima de 0,3% MoM (inclusive) poderá levar a uma nova reprecificação das taxas de juros nos EUA, acelerando os movimentos de desalavancagem em outros ativos de risco. Um número de 0,2% MoM em nada altera o cenário que temos convivido nas últimas semanas. Finalmente, um número abaixo de 0,2% MoM deveria trazer algum alívio momentâneo e pontual para as taxas de juros no mundo desenvolvido e alguma descompressão nos ativos mais pressionados recentemente, como os ativos emergentes, por exemplo. Não acredito, contudo, que esta descompressão seria duradoura ou prolongada.
No Brasil, os jornais de hoje estão dando foco as articulações políticas em torno das eleições presidenciais. De mais importante, na minha visão, será o encontro de Rodrigo Maia, do DEM, com Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes, para um eventual encontro conseguinte com o candidato do PDT para presidente e uma possível aliança entre eles. O crescimento da candidatura de Ciro é vista hoje pelo mercado com um dos maiores riscos ao cenário eleitoral.
Na Inglaterra os dados de emprego de maio mostraram um mercado de trabalho robusto, próximo do pleno emprego e com o hiato do produto fechado. Acho importante analisar os acontecimentos do país, pois acredito que a Inglaterra esteja em uma fase do ciclo econômico bastante parecido com os EUA. O que ocorre por lá, poderá ocorrer nos EUA. Nesta linha, vemos o acumulo de pressões inflacionárias. Segundo o Morgan Stanley:
A hawkish report on employment: Headline employment growth slowed, from 197k to 140k, but less than expected, and it remains strong, pushing the employment rate to a record 75.6%. Unemployment fell a solid 38k, keeping the unemployment rate steady at 4.2%, a 40-year low and a touch below the BoE's estimate of NAIRU, and inactivity fell, pushing the inactivity rate to a record low.
A dovish report on pay: In a key month for pay settlements, regular average earnings growth surprised to the downside, falling a touch to 2.8% 3M/Y in April. While we do expect the tight labour market, reflecting in reports of rising starting salaries, and rising public sector pay settlements to push pay up in coming months, today's weaker print highlights the risks to that call.

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