Daily News – A Espera de um Sinal

Nos últimos dias os ativos de risco vem apresentando um viés mais positivo e de recuperação. O movimento pode ser explicado por um somatório de posição técnica, sentimento e uma reação mais construtiva dos investidores às sinalizações recentes do Fed.

 

Hoje teremos o discurso de Powell no Congresso americano. O mercado já espera que ele venha com uma sinalização mais dura (“hawkish”). Na sexta-feira, os dados de emprego americano serão fundamentais para a dinâmica de curto-prazo dos ativos de risco.

 

Estamos passando por mais um momento de mercado em que a tese de “Inflação” dá lugar a uma tese de transição em que os investidores acreditam que o cenário poderá passar da “Inflação” para o “Pouso Suave”.

 

Eu ainda tenho uma visão mais cautelosa de longo-prazo de que após essa transição, a tese de desaceleração econômica e eventual “Recessão”, poderá dominar a dinâmica do mercado. Contudo, entendo que o timing disso ainda seja incerto e não aparenta ser no curto-prazo (1 a 3 meses). Neste interim, viveremos um ambiente de mais volatilidade e poucas tendências bem definidas.

 

No Brasil, os ativos locais vêm apresentando desempenho relativo e absoluto negativos e piores que os seus pares. Na ausência de mudanças na condução da agenda econômica, não vejo mudanças substanciais de dinâmica local.

 

Alguns respeitados observadores da cena ECONÔMICA do Brasil descreveram, nos últimos dias, o cenário recente, fazendo analogias sobre o passado.

 

Minha visão PESSOAL, que nada tem a ver com política, mas puramente olhando o que foi feito economicamente no passado, e seus resultados, e o que está sendo implementado no Brasil, vai muito de encontro a esses textos.

 

Do Brazil Journal: https://braziljournal.com/editorial-o-juro-tem-que-cair/

 

De Fedro Jobim: https://pedrojobim.substack.com/p/a-previsivel-tragedia-do-novo-governo?r=1ed7q4&utm_medium=ios&utm_campaign=post

 

De Felipe Miranda:

 


Voltando ao cenário global, o mercado imobiliário ainda inspira atenção:

 


Na bolsa dos EUA, há evidências de que os resultados das empresas ainda podem decepcionar o mercado. Mesmo setores vistos como mais defensivos, como Tech, podem sofrer em um ambiente de maior pressão sobre o crescimento:






Em um ambiente de elevada incerteza econômica e alta volatilidade dos mercados, os investidores estão em busca da segurança e da rentabilidade das T-Bills curtas (no gráfico abaixo, a demanda pelos investidores individuais/varejo no leilão do Tesouro):

 


*As análises e opiniões são pessoais e não representam uma visão institucional.

 

Dan H. Kawa

CIO TAG Investimentos

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