Daily News – Sem Direção.
Os ativos de risco estão abrindo em tom positivo, após uma quarta-feira de recuperação. As esperanças de avanços nas vacinas para o Covid reanimaram os mercados nas últimas 24 horas, e estão dando sustentação positiva aos preços.
Ontem falei um pouco do meu pessimismo com cenário
econômico, mas me afastei de falar sobre mercados (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/07/daily-news-preocupacoes-e-desabafos.html).
Hoje, faço uma breve explanação de meu cenário.
No geral, mantenho minha visão que perdura desde o
começo de junho. Acredito que o mercado deva permanecer operando dentro de
algumas “bandas”, relativamente largas – no caso do S&P tem sido 2.950 com
3.250 pontos, no caso do BRL em torno de 4.85 e 5.50.
Por um lado, acredito que as incertezas ainda sejam
elevadas para que as “bandas” positiva sejam rompidas. Por outro lado, a
liquidez global abundante deve dar sustentação para evitar movimentos negativos
na mesma magnitude daquele que vimos em março.
Para que as “bandas” sejam testadas, precisaremos,
do lado positivo, de avanços concretos e estruturais no processo de recuperação
econômica, aliada a convicção de uma vacina e/ou protocolo robusto de
tratamento para a pandemia.
Do lado negativo, o avanço da eventual segunda onda
a pandemia teria que apresentar-se como um obstáculo real a reabertura
econômica e a recuperação do crescimento. Este cenário teve sua probabilidade
aumentada nos últimos dias, em especial nos EUA, mas o mercado continua a ler a
“segunda onda” como algo pontual, localizado e “controlável”.
Na minha opinião, a segunda onda preocupa menos o mercado por conta de alguns fatores: i) a prevenção e isolamento das pessoas tem ocorrido independente de determinação do governo; ii) capacidade hospitalar mais ociosa vem permitindo uma volta a normalidade mesmo sem o fim da pandemia, iii) o protocolo médico melhorou bastante desde o inicio da pandemia, de forma que a mortalidade vem reduzindo consideravelmente mesmo nos casos mais graves.
ResponderExcluirEstamos aprendendo a lidar com o vírus, a volta a normalidade será gradual e, mesmo que tenhamos uma segunda onda, a volta do lockdown tenderia a ser menos brusca e impactando menos a economia.