Daily News – China em Foco.

As bolsas globais fizeram ontem uma tentativa de “rompimento” da parte de cima das “bandas” recentes, com o S&P operando acima de 3.200, por exemplo. Hoje pela manhã, contudo, já vemos um movimento mais negativo e preços novamente abaixo do “teto” da banda.

 


O movimento negativo está sendo puxado por um forte “sell-off” das bolsas da China. Esta, até então, vinha sendo o grande destaque de alta neste pós crise. Vejo alguns sinais de excesso, quiçá bolhas, em alguns mercados específicos.

 




É sempre muito difícil e pouco ponderado fazer este tipo de afirmação, mas quando olhamos alguns movimentos, me parece cada vez mais claro o “vazamento de liquidez” que tem sustentando o preço de alguns ativos. O caso mais claro para mim é o movimento de alta no preço da Tesla, assim como o movimento que vimos na bolsa da China.

 

Assim, não me surpreende que teremos que passar por momentos de “air pockets” nos mercados, onde quedas pontuais e localizadas, porém rápidas e acentuadas, serão observadas.

 

Acho importante alertar para os movimentos que vemos debaixo da superfície da bolsa dos EUA. Nos últimos dias, temos visto um arrefecimento/acomodação da alta do setor de Tecnologia (TMT) e de ações de “Crescimento”, em favor de setores domésticos locais, mais cíclicos. Isso fica mais claro olhando o desempenho mais negativa da Nasdaq contra o Russell, por exemplo.

 

Está mesma dinâmica também foi vista no Ibovespa ao longo da semana, com as ações de empresas consideradas “blue chips”, tais como bancos e commodities, superando o desempenho das ações cíclicas locais e das empresas consideradas da “nova economia”.

 

O destaque da noite ficou por conta dos dados de atividade econômica na China. O PIB do segundo trimestre ficou acima das expectativas, confirmando a recuperação em formato de “V” da atividade no país:

 



Continuo sendo da visão que estamos entrando na terceira fase deste mini ciclo econômico. A primeira fase foi marcada pela “parada brusca” do mundo em fevereiro e março. A segunda fase foi composta pela recuperação em formato de “V”, que começa a ficar mais clara desde maio até o final de junho.

 

Nesta terceira fase, o qual acredito que estamos entrando, a recuperação econômica se mostra mais errática e heterogênea entre regiões, países e setores da economia. Mesmo na China, isso já começa a ficar mais claro:

 


Na Europa, vemos como mesmo em junho as vendas de veículos ainda se encontram em patamar bastante deprimida:

 


No Brasil, destaque para a repercussão da Reforma Tributária que deverá ser encaminhada pelo governo ao Congresso nos próximos dias. O avanço nessa pauta é fundamental para que o país entre novamente no trilho do desenvolvimento sustentável.

 

Ontem postei sobre um excelente estudo divulgado pela área de análise do BTG Pactual, aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1283346128910585857?s=20.

 

Para quem ainda não teve oportunidade de ler meu artigo de ontem no E-Investidor, veja aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/07/artigo-e-investidor-o-que-o-dolar-tem.html.


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