Daily News – Preocupações e Desabafos.
Eu tenho ficado a cada dia mais preocupado com a situação da economia real, no Brasil e no mundo, diante do alongamento da pandemia e suas consequências econômicas. Quando (e se) isso irá afetar preços de mercado vamos deixar para uma outra discussão.
Vamos tentar aqui sair um pouco de Wall Street –
onde o Fed já é o segundo maior detentor de ETF´s de renda fixa nos EUA – sair um
pouco da Faria Lima e do Leblon – onde ações de empresas de tecnologia se
destacam com expectativas de crescimento e múltiplos nas alturas.
O pequeno e médio empresário morre a cada dia que
perdura a pandemia, o dinheiro não chega na ponta final. O trabalhador desempregado
ficará sem recursos uma vez terminada a rede de proteção social. Os empregos
não voltarão na mesma magnitude e velocidade com que foram embora.
Meu intuito aqui não é apontar dedos para culpados.
A pandemia é um evento “natural” (ou talvez “sobrenatural”) que pegou a todos
desprevenidos e despreparados para uma nova ordem mundial.
Minha ideia é apenas alterar para os enormes
desafios que temos pela frente, como país e como sociedade, diante de um evento
ainda pouco conhecido e que quanto mais tempo persistir, mais impactos
estruturais negativos terá sobre a economia e, consequentemente, sobre os
mercados.
Não se enganem com os dados econômicos, que muitas
vezes podem encobrir situações muito mais dramáticas, como é o caso dos dados
de emprego no Brasil que vemos abaixo. Não se enganem com os preços das ações,
que refletem um universo muito menor e mais robusto do que a média da economia.
No Brasil, os dados de emprego mostram uma
deterioração evidente do mercado de trabalho:
O quadro fiscal confirma a piora nas contas públicas locais:
Na China, o Caixin PMI apresentou recuperação adicional em junho, como já havia apontado o PMI oficial do país no começo da semana:
Os dados de exportação da Coreia do Sul ainda mostram um mundo om crescimento negativo, a despeito da recuperação recente:
As vendas no varejo de maio na Europa apresentaram
forte recuperação, de maneira geral refletindo uma demanda reprimida uma vez
reaberta a economia da região:
Na Alemanha, vemos uma deterioração mais evidente
do emprego:
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