Sem mudanças significativas no Japão (BoJ). Fraco PMI na China.

No Japão, o BoJ manteve sua política monetária praticamente estável, promovendo apenas mudanças marginais em sua comunicação. O Banco sinalizou que adotará mais flexibilidade em sua meta para as taxas longas de juros, que eram centradas em torno de 0,10%. A sua postura postura leva a crer que ele estaria disposto a aceitar taxas próximas a 0,20%.

A decisão me pareceu em linha com o que vinha sendo ventilado na mídia. Neste momento, estamos observando uma espécie de ajuste de posições, pela ausência de mudanças mais substanciais esperadas por alguns players, com destaque para a depreciação do JPY. Não vejo a decisão de hoje alterando de maneira substancial o cenário econômico global ou o ambiente para os ativos de risco.

Na China, o NBS PMI apresentou queda superior as expectativas, saindo de 51,5 para 51,2 pontos. O número confirma um cenário de crescimento ainda saudável, mas em desaceleração, o que justifica a recente postura mais agressiva dos policy makers locais na tentativa de administrar essa situação de maneira mais gradual. A China ainda mostra sinais de fragilidade e a sua situação demanda cautela.

No Brasil, alguns resultados corporativos divulgados na noite de ontem ficaram abaixo das expectativas (Itaú, Cielo, e etc) segundo alguns analistas de sell-side, o que pode gerar alguma pressão sobre os preços na manhã de hoje.

A agenda do dia será importante, com pesquisa da Parana Pesquisa para presidente no Brasil, Core PCE e Employment Cost Index nos EUA (https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/07/semana-agitada.html).



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