Mudança de tom: Temporário ou Permanente?
Pela primeira vez em bastante tempo os ativos de risco estão operando em linha com o que eu acredito que seja o cenário base de longo-prazo do pano de fundo global.
Em linhas gerais, um cenário de ciclo econômico em estágio avançado nos EUA, onde mais crescimento implica em hiato do produto fechado, pleno emprego e pressões inflacionárias. Este ambiente, no geral, não costuma ser construtivo para os ativos de risco no geral, especialmente em um momento em que muitas classes de ativos apresentam valuations pouco triviais e após passados quase 10 anos de fluxos exorbitantes e constantes para muitas dessas classes.
Assim, neste momento, estamos observando uma leve alta nas taxas de juros dos EUA, levando a uma queda das bolsas e das commodities, uma alta do dólar e uma pressão nos ativos emergentes.
Reforço que não sei ao certo quando este cenário ficará de fato mais evidente ao mercado, por isso ainda trabalho com um pano de fundo em que os ativos de risco respeitem alguns “ranges”, como tem sido regra ao longo deste ano, porém com mais volatilidade ao longo do caminho.
No Brasil, os jornais dão ampla cobertura a indicação de que o PR poderá caminhar junto com o “Centrão” na decisão do apoio ao candidato a presidente. O cenário segue dividido entre Alckmin e Ciro. Espero uma reação binária do mercado a esta decisão (muita positiva com Alckmin, muita negativa com Ciro), já que o apoio implica em tempo de TV e capilaridade em pequenas cidades e municípios do país. O “Centrão”, segundo a mídia, pretende indicar Josué Gomes para o vide da chapa.
Na Austrália, os dados de emprego divulgados para junho superaram as expectativas e mostraram um quadro de solidez do mercado de trabalho, mas o ambiente externo mais negativo essa manhã está se sobrepondo a notícia local, com o AUD operando sobre pressão neste momento.
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