Uma longa semana nos espera...
Teremos uma semana agitada pela frente. No âmbito externo, o mercado deverá digerir os anúncios feitos pelo governo chinês ao longo do final de semana (detalhes abaixo) que, de maneira geral, parecem ter decepcionado levemente algumas expectativas excessivamente elevadas em torno de um potencial pacote fiscal mais agressivo no país. Na Europa, as expectativas parecem elevadas para a reunião do ECB. Contudo, diante dos dados de inflação e atividade, Draghi e cia precisam, novamente, voltar a dar às cartas no tocante a política monetária da região.
No Brasil, o destaque ficaria por conta da convenção do PMDB no dia 12 e para as manifestações contrárias ao governo no dia 13. Até quinta-feira, o esperado era para que a convenção do PMDB fosse apenas para reconduzir Temer a presidência do partido. Agora, diante dos novos vetores da cena política, não podemos descartar uma ruptura completa entre o PMDB e o governo Dilma, o que elevaria a probabilidade de um impeachment. Finalmente, a temperatura social do país elevou-se após a condução coercitiva de Lula na sexta-feira, o que pode fazer com que as manifestações do dia 13 sejam ainda maiores do que aquelas verificadas nos últimos anos.
Até lá, contudo, o caminho a ser percorrido será gigantesco. Existem inúmeros rumores em torno do que a Operação Lava-Jato poderá reservar para os próximos dias, podendo, a cada novo passo, mudar substancialmente o cenário político local.
Minha opinião leiga no assunto é que o governo está se enfraquecendo, tornando a governabilidade insustentável. A probabilidade de mudança presidencial hoje é elevadíssima, mas o caminho até lá será tortuoso, permeado de incertezas e jogas políticas.
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