Brasil: Mudança política.
Europa – Dinâmica e volatilidade impressionante após
a decisão do ECB. Eu diria que Draghi surpreendeu o mercado com medidas mais
agressivas do que o esperado, mas decepcionou as expectativas com um “foward guidance” relativamente fraco,
sinalizando que o limite para o piso das taxas de juros pode estar próximo.
Minha visão de uma queda gradual do EUR continua válida, mas é notório o erro
de avaliação que vem sendo feito nas últimas semanas. O price-action mostra que ainda é preciso cuidado com posições no
mercado de moedas.
EUA – O Jobless Claims caiu de 277k para 259k
na última semana, mostrando um mercado de trabalho robusto no país. Será
interessante observar a postura do Fed na reunião de semana que vem. Com a
postura mais agressiva do ECB e um alívio das condições financeiras, acredito
que elevou-se a probabilidade da continuidade do ciclo de alta de juros no
país.
Brasil – Os ativos brasileiros continuam
operando, única e exclusivamente, os desdobramentos políticos e monetários
locais. A Ata do Copom adicionou componentes dovish a comunicação do BCB, o que acabou dando mais força a visão
de que um ciclo de queda de juros poderá estar à espreita.
No campo político, continuam a se acumular evidencias de um
rompimento, mesmo que extra oficial, do PMDB em relação ao PT. Novas delações
premiadas parecem que irão chegar ainda mais próximas a campanha de Dilma em
2014. Lula está sendo oficialmente acusado pelo MP de SP.
O Tesouro, inclusive, conseguiu emitir cerca de US$1,5bi de bonds no exterior, algo que não ocorria
há vários meses.
Será importante observar a postura do BCB no tocante a rolagem
dos swaps cambiais de agora em diante. Não acredito que uma mudança na
estratégia irá alterar a direção da moeda, mas pode ajudar a suavizar o
movimento.
Acredito que a situação do governo está ficando cada vez mais
insustentável. Não é fácil prever como será o processo de agora em diante, mas
o país caminha para uma mudança política a passos largos.
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