Brasil: Risk-On!

A agenda do dia foi marcada pela divulgação de dados fracos nos EUA, com o Personal Income e Personal Spending de fevereiro ficando abaixo das expectativas, e levando o mercado a revisar bastante para baixo as expectativas do PIB para este primeiro trimestre do ano. O Core PCE também surpreendeu para baixo, encerrando uma sequência de dados mais fortes de inflação. Resta a dúvida: Estamos diante de mais um período sazonal de crescimento baixo no início do ano, como ocorreu nos últimos anos, ou frente a um problema maior de crescimento para a economia norte americana? Apenas o tempo será capaz de responder definitivamente a está questão.

No Brasil, tivemos mais um dia de movimento positivo dos ativos locais, reagindo as notícias, cada vez mais evidentes, de que o governo Dilma está próximo do fim. Assim, observamos forte pressão de fechamento de taxas de juros, alta da bolsa e apreciação do BRL. Ainda vejo espaço para a continuação destes movimentos, levados por fluxos não desprezíveis para os ativos locais. Este movimento, contudo, não será linear, e pode ser permeado por períodos pontuais de realizações de lucro.


Vale a pena ressaltar que nos dados da dívida pública de fevereiro divulgados hoje pelo Tesouro mostram uma redução não desprezíveis de exposição dos estrangeiros na dívida local. Caso o cenário político caminhe para uma resolução, estes movimentos deveriam ser revertidos, já que os investidores estrangeiros continuam historicamente com alocações baixas em mercados emergentes e em ativos brasileiros.

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