Dia de agenda relevante.
Os
ativos de risco estão operando próximos a estabilidade, a espera de um dia que
promete trazer uma agenda carregada de informações relevantes para a dinâmica
de curto-prazo dos mercados.
Na Europa, teremos a esperada decisão do
ECB. O mercado trabalha com um cenário em que Draghi e Cia. irão anunciar um
corte em torno de 10bps nas taxas de juros, um alongamento e um aumento do QE.
Podemos esperar, também, alguns anúncios de mudanças técnicas nos papéis que
poderão ser comprados pelo programa de QE. É imperativo, porém desafiador, que
o ECB consiga superar as expectativas, com o objetivo de retirar a economia da
Europa de um cenário de inflação preocupantemente baixa.
No Brasil, teremos a Ata do Copom e as
vendas no varejo. Diante dos recentes rumores em torno da possibilidade de uma
queda de juros no país, será importante verificar se o BCB sinalizará que não vê
a possibilidade de distensão monetária no horizonte relevante de tempo.
Nos EUA, o destaque ficará por conta do
Jobless Claims.
No que
diz respeito o noticiário do dia, o Correio Braziliense coloca mais lenha na
fogueira para uma eventual queda de juros por parte do BCB. Segundo nosso
economista chefe, duas fontes da matéria
são técnicos do BC e não diretores, mas deve colocar mais pilha no call de
queda de juros. Segundo a matéria a discussão agora é quando terá a queda
e não se terá e junho aparece como candidato a ser a primeira queda. Cita
também a Selic podendo cair 4 pontos percentuais, para 10,25%.
Segundo
a Folha, PMDB e PSDB falam em 'trabalhar
juntos' para achar saída para o país. Acredito que estamos, a cada novo
dia, a um passo de um rompimento oficial entre PMDB e o PT. Este tipo de
sinalização é positivo para um eventual impedimento do atual governo e,
eventualmente, para a posterior governabilidade do país.
Para o
Estado, Governo dará desconto de 40% na
dívida dos Estados em troca de apoio. A medida é mais uma, das inúmeras que
temos observado nas últimas semanas, tentativas do governo de angariar apoio
para se manter no poder. É inegável que os fundamentos da economia estão se
deteriorando a passos largos, a medida que o governo vem focando em manter-se
no poder, deixando de lado os ajustes necessários para a economia.
China – O CPI de fevereiro ficou acima das
expectativas do mercado, com alta de 2,3% YoY contra expectativas de 1,8% YoY.
O PPI subiu de -5,3% YoY para -4,9% YoY, em linha com o esperado. Grande parte
da surpresa altista no CPI foi fruto da alta sazonal e pontual de alimentação,
que tende a ser revertida no futuro próximo. Os núcleos de inflação do CPI
mantivera-se contidos. Assim, a surpresa de hoje não altera a postura que vem
sendo adota pelo PBoC, ou seja, mais proativo e agressivo na condução de sua
política monetária.
Além
disso, há rumores de que o PBoC irá permitir que bancos troquem (swap) dívida
por ações (equity). Segundo alguns analistas, seria positiva a medida que reduz
o “tail risk” no país, porém negativo para o mercado de ações. Vamos esperar
mais detalhes para entendermos melhor esta eventual operação.
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