Rússia: Onde será o fundo do poço?

Os mercados na Rússia fecharam no pior momento do dia, e nos piores níveis recentes de fechamento. O petróleo cai cerca de 1.7% neste momento, a $67,75, ainda longe dos lows de $63,65.

Será relevante para os demais mercados globais os próximos desenvolvimentos no país.

Abaixo, seguem algumas informações importantes de um artigo do Morgan Stanley. Dezembro é um mês relevante de pagamento de dívida externa ($33b), as reservas do país já caíram acentuadamente nos últimos meses (as reservas oficiais são da ordem de $420b) e a moeda do país agora funciona em um regime de “free float”. Vale lembrar que a Rússia tem livre convertibilidade. Por hora, a população e o setor corporativo estão relativamente imóveis a forte depreciação da moeda, em grande parte liderada por um “ataque” externo. Ainda é uma grande interrogação qual será a postura desse setor da sociedade diante dos últimos eventos no país. A despeito de reservas nominalmente elevadas, o estoque de dívida soberana e corporativa em dólar é relevante, sem contar a parcela da poupança interna que pode ser convertida para dólares caso esta dinâmica persista.


A situação me leva a acreditar que o melhor a ser feito neste momento seria uma alta de juros para tentar conter a espiral negativa nos ativos locais. Os mercados começaram a precificar este cenário de maneira mais contundente esta semana. A taxa básica de juros está em 9,50%, após alta de 150bps em setembro. Os juros de 1 anos já estão em 12,30%.


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