Copom
Os ativos de risco operam sem grandes movimentações nesta manhã de quarta-feira.
As bolsas operam próximos a estabilidade, as commodities estão ameaçando uma
estabilização, mas ainda apresentam sinais de fragilidade. O USD segue sua
trajetória de alta, enquanto as taxas de juros americanas apresentam leve
abertura de taxas. Na Rússia, a
despeito da intervenção do BC local no
câmbio, com a oferta de US$700mm, o RUB deprecia 1,5% e atinge o nível
mais depreciado desta crise econômica. OS juros curtos abrem entre 15bps- e
25bps e a, bolsa local cai 0,5%. A
situação requer cautela, já que não há sinais mais consistentes de
estabilização do cenário macro no país.
A agenda do dia será agitada, com destaque para o ADP Employment nos
EUA, o último e principal indicador antecedente para o Payroll na sexta-feira.
No Brasil, a decisão do Copom será o evento da semana.
Brasil – A curva local de juros já precifica basicamente 3 altas adicionais de
50bps nas próximas reuniões do Copom. Inclusive, para a decisão de hoje, o
mercado precifica cerca de 58bps de alta, ou seja, alguma probabilidade de alta
de 75bps já está embutida na curva. Acredito que a probabilidade de alta de
50bps seja de 80%, com cerca de 15% de chances de uma alta de 25bps e 5% de
chance de uma alta de 75bps. Os números recentes mostram uma inflação
persistentemente elevada, mas não superior aquela verificada nos meses
anteriores. A atividade econômica, contudo, continua se mostrando fragilizada
com o cenário para emprego tendo
apresentando piora relevante nos últimos meses. Finalmente, a nova equipe econômica
sinalizou para um postura fiscal mais austera, transparente e crível. Diante
deste cenário, o BCB deverá decidir como proceder na condução da política
monetária no Brasil.
EUA – O Constructio Spening e o Vehicle Sales divulgados ontem mostraram uma
economia robusta, que manteve um patamar de crescimenti descente mesmo após um
crescimento anualizado superior a 4% nos últimos dois trimestres. Neste
ambiente, os discursos de Dudley e Fisher foram emblemáticos. Ambos estão
confortáveis com a manutenção do processo de normalização monetária por parte
do Fed, mesmo diante dos desafios da queda no preço do petróleo e da recente
queda nas expectativas de inflação. A reunião do FOMC do dezembro será
relevante, pois pode ser marcada por alterações relevantes no comunicado após a
decisão. Além disso, Yellen terá a oportunidade de explicar de maneira mais
direta as intensões do Fed de agora em diante.
Europa – O PMI Serviços foi revisado de 51.3 para 51.1 pontos em novembro,
confirmando o cenário de baixo crescimento na região. A decisão do ECB,
agendada para amanhã, será o grande evento da semana na região.
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