Daily News – Fed, Selic, Ucrânia e China.
A semana está sendo marcada, até o momento, por uma melhora substancial de dinâmica dos ativos de risco. Há rumores de avanços nas negociações entre Ucrânia e Rússia (vide aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1504101965646737413?s=20&t=K8kFjX8PN81mgj4-VAHdxQ), mas não há nenhuma mudança concreta no cenário econômico global.
Isso, por ora, me leva a crer que o
movimento recente de recuperação das bolsas possa ser um movimento mais técnico,
conforme comentei ontem (vide abaixo) que poderia acontecer. Ainda espero um
ambiente de elevada incerteza e volatilidade.
Além de sinais
mais positivos da Ucrânia, precisamos lembrar que houve uma melhora substancial
no quadro técnico do mercado e a aproximação do final do trimestre pode trazer
fluxos positivos de rebalanceamento para as bolsas nos próximos dias, sem que
tenha ocorrido, de fato, uma mudança de tendência do mercado: https://twitter.com/DanKawa2/status/1503851532600578050?s=20&t=fmd9weG3dnIHOMwdupNmsA.
Nos EUA, o Fed elevou as taxas de
juros em 25bps, como era amplamente esperado. O comunicado após a decisão,
assim como as novas previsões de inflação e de novo ritmo de alta das taxas de
juros pode ser classificado como mais duro do que as expectativas do mercado.
No Brasil, o BCB elevou a Selic em
100bps, dentro das expectativas, e apontou para uma nova alta, na mesma
magnitude, na próxima reunião. O Comitê parece mais “dependente dos dados”
neste estágio do ciclo econômico, mas continua a ser surpreendido por dados
elevados e qualitativamente ruins de inflação.
O governo continua trabalhando para
trazer medidas de alívio à economia em meio a um cenário mais desafiador de
crescimento: https://valor.globo.com/financas/noticia/2022/03/16/governo-vai-cortar-038percent-do-iof-nos-emprestimos-a-micro-e-pequenas-empresas.ghtml.
Na China, medidas e sinalizações de
suporte à economia e aos mercados levaram a acentuada alta das bolsas locais
nas últimas 48 horas. Ainda me parece cedo para dizer que estamos diante de uma
inversão de tendências ou apenas em um “bear market rally”. Continuo gostando
estruturalmente da bolsa da China nos atuais níveis de preço e com a posição
técnica bastante saudável, mas com a humildade de reconhecer que será um longo
e tortuoso caminho:
Voltando aos EUA, o movimento de “flattening”
da curva de juros, que costuma ocorrer em fases final do ciclo econômico e
apontar para a proximidade de uma recessão continua a ligar um alerta relevante
aos participantes do mercado:
*As análises e
opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão
institucional.
Dan
H. Kawa
CIO
TAG Investimentos
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