Daily News – Rotação, “full speed”!
A noite foi marcada pela apuração de votos para as duas cadeiras do Senado dos EUA. Neste momento, com parte relevante da apuração efetivada, o mercado embute elevada probabilidade de vitória Democrata em ambas as cadeiras.
Caso este cenário seja confirmado,
devemos esperar um novo pacote fiscal e, posteriormente, uma agenda mais
carregada de aumento de impostos para financiar estes gastos. É bastante provável
que o foco dos impostos seja no setor corporativo e nas grandes corporações.
O que vemos nesta manhã, é uma
pressão negativa na Nasdaq, e um bom desempenho do Russell. Alta das commodities
e dólar fraco no mundo. Alta das taxas de juros, com a Treasury 10 anos acima
de 1% após um longo período:
Os movimentos sugerem mais uma rodada
de rotação dos portfólios, que teve início em outubro e pode ser que vire uma
tendência mais firma com este pano de fundo.
Os movimentos de hoje confirmam uma
tese que tenho reforçado desde após as eleições presidenciais americanas. O ano
de 2021 promete ser um ano de seleção de ações, seleção de ativos e de
gestores. Um ano em que gestão ativa deve ser mais importante do que gestão
passiva, especialmente nos EUA em que Tech dominou durante anos (senão décadas)
as altas dos índices de bolsa.
Para o Brasil, o cenário tende a ser
misto, favorecendo os setores de commodities da bolsa, que ainda carregam o
índice e eventualmente favorecendo nossas exportações e ajudando a dar algum
suporte ao câmbio.
Contudo, a plataforma de “ESG” de Biden, corroborada por um Congresso Democrata, pode trazer alguns ruídos e dificuldades ao nosso país. Uma eventual alta mais expressiva das taxas de juros no mundo desenvolvido também pode vir a colocar algum limite na apreciação dos ativos locais.
*As análises e opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão institucional.
Dan
H. Kawa
CIO
TAG Investimentos
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