Daily News – Um Novo Mundo?
As bolsas globais voltaram a operar em tom positivo
e testar as “bandas” de cima dos “ranges” recentes do pós crise.
Este movimento tem sido sustentando, em grande parte,
pelo setor de Tecnologia, com destaque para o setor nos EUA e para o índice
Nasdaq. Vejamos algumas métricas deste setor:
No dia 20 de abril, escrevi sobre as mudanças no
cenário e a possibilidade de uma aceleração no processo de mudança de alguns
hábitos seculares e estruturais que já vinham ocorrendo há anos e deveriam se
acelerar no atual ambiente. Veja aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/04/um-novo-cenario.html.
Desde então, temos visto a divulgação de resultados
corporativos que apenas reforçam essa tese, tanto nos EUA como no Brasil. As empresas
mais voltadas para o mundo “online” têm se favorecido em termos de receita,
lucro e desempenho de suas ações.
Acho importante reforçar como está sendo
importante, e continuará sendo ainda mais relevante, uma adequada seleção de
setores, ações gestores para navegar
este ambiente turbulento porém cheio de oportunidades.
No Brasil, vimos ontem uma reação esperada (vide
meus comentários aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/05/daily-news-brasil-uma-experiencia.html)
dos ativos locais à decisão do BCB.
Forte alta do dólar, “steepening” da curva de juros
e uma “under” performance da bolsa local. Mais do que isso, vimos forte pressão
nas ações cíclicas locais em detrimento as ações cíclicas globais, o que me
leva a crer que o mercado ficou receoso com a decisão do BCB.
Os resultados corporativos no Brasil estão seguindo
a dinâmica global de favorecimento a empresas com maior desenvolvimento “online”,
enquanto setores/empresas mais “físicas” apresentam enorme depressão.
Sigo com a mesma visão das últimas semanas. Vejo o
mercado em “ranges” e apenas saindo dele com uma visibilidade mais clara em
relação a uma vacina ou protocolo de tratamento para o Covid-19.
Gosto de manter um caixa mais elevado para
oportunidades mais táticas, voltando a fazer proteções com o recuo das volatilidades
implícitas, mas mantendo posições estruturais em renda variável e crédito
privado. Isso vale para portfólios locais e globais (offshore).
Na margem, sigo mais preocupado com o Brasil e a
dinâmica de mercado tem demonstrado que não sou o único.
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