Daily News – China: Esperanças e Preocupações.
Após abrirem na quinta-feira pressionados, os
ativos de risco apresentaram forte recuperação ao longo da tarde. Vou tentar
manter minha postura de não tentar prever movimentos de curto-prazo nos
mercados.
Minha visão segue a mesma desde o forte “rally” de
abril: Espero um mercado operando em “ranges”, com bandas relativamente largas
e alguma volatilidade no curto-prazo (1 a 3 meses).
O andamento de como será a reabertura da economia
global e os impactos secundários da crise quem irão determinar a direção dos ativos
de risco no médio-prazo (3 a 12 meses).
Finalmente, estruturalmente, no longo-prazo, sou
mais positivo de que a sociedade e os mercados conseguirão superar este momento
de incerteza e retornar a um “novo normal” que tende a trazer enormes
oportunidades de investimentos e alocação.
O destaque da noite ficou por conta dos números
econômicos da China. Vimos uma surpresa positiva nos dados de produção industrial
e infraestrutura, enquanto o setor de serviços e varejo mostra maior
dificuldades em voltar aos patamares anteriores à crise:
Estes números estão em linha com os dados de alta
frequência de “big data” que tenho comentado quase que diariamente. Por um
lado, eles traze otimismo em uma recuperação. Por outro lado, eles mostram as
dificuldades de retornos de setores relevantes para a economia.
No geral, vejo com preocupação a pressão no setor
de serviços, por representar parcela significativa das economias ocidentais.
Isso pode ser um obstáculo a recuperação principalmente dos EUA e demais países
do ocidente.
De forma geral, mostra que estamos em um “novo
normal” e que a recuperação será desigual, gerando distorções na economia e nos
mercados, em linha com a minha tese já “batida” desta crise: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/04/um-novo-cenario.html.
No Brasil, a Petrobras divulgou resultado muito bem
recebido pelos “sell-sides”, com uma geração de caixa extremamente elevada e
positiva.
No mundo emergentes, vimos uma melhora marginal no
fluxo para os ativos dedicados a região. Como gosto de insistir, no preço
certo, mesmo ativos de países com fundamentos ruins apresentam “valuations” atrativos.
Com a forte depreciação cambial desses países, podemos estar neste caminho:
O PIB da Área do Euro apresentou forte contração, como era amplamente esperado:
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