Daily News – Risk-On!
Os ativos de risco estão dando continuidade ao
movimento positivo de ontem e, neste momento, testam um importante rompimento técnico
das bandas superiores dos “ranges” recentes que tanto tenho comentado desde começo
de abril:
Podemos dizer que alguns vetores sustentam esses
movimentos: Liquides global abundante (vide abaixo o tamanho das compras de
Treasury pelo Fed); pacotes fiscais expressivos; expectativas positivas em
torno da reabertura econômica na Europa e nos EUA; além de preços e valuations
que haviam se tornado mais atrativos com a crise:
Caso os rompimentos sejam confirmados nos próximos dias,
poderemos estar buscando uma nova e mais alta banda de flutuação para os mercados. Isso vale para as bolsas (como nos gráficos acima), mas também para outros mercados:
Ainda teremos que monitorar como serão os efeitos
secundários da crise econômica e os riscos em torno da abertura dos países –
como um novo ciclo de contágio pelo Covid-19 – mas podemos estar diante de um
pano de fundo mais construtivo, que só será de fato testado caso tenhamos uma
segunda e agressiva onda de contaminação.
No Brasil, não apenas seguimos o humor global a
risco, mas com “beta” maior, após o arrefecimento do risco político, que já comentei
amplamente desde sexta-feira aqui: https://anchor.fm/tag-investimentos/episodes/2352020---Cenrio--por-Dan-Kawa-TAG-Investimentos-eefkhf.
Do ponto
de vista global, os ativos no Brasil ficaram excessivamente “baratos” se
comparados aos seus pares em dólares, especialmente o mercado de renda variável.
É natural que em um movimento de recuperação, com um ambiente local menos “ruidoso”,
os ativos brasileiros apresentem desempenho relativo mais positivo, mesmo que
isso possa durar pouco.
Em suma,
após manter minha visão de que os mercados poderiam se manter em “bandas”
relativamente estreitas (que venho afirmando desde fins de março), podemos
estar diante de um movimento de rompimento “para cima”, que deverá ser
confirmado (ou não) nos próximos dias.
Isso
pode ser a confirmação de uma tendência mais positiva para os mercados, mesmo
que por tempo determinado.
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