Daily News – Cenário ainda desafiador. Técnico mostra deterioração.
Os ativos de risco apresentaram forte alta ontem,
mas já mostram realização de lucros essa manhã. Seguimos em um ambiente em que
as bolsas globais operam na ponta de cima das “bandas” recentes, com alguma
volatilidade, porém sem tendência definida.
Para quem gosta de análise técnica, segue um
Fibonacci do S&P500:
Para quem gosto de olhar posição técnica, vemos que
houve uma deterioração em termos de posição e valuation para a bolsa dos
EUA nas últimas semanas:
Importante lembrar que existe uma concentração
grande e crescente do setor de Tecnologia nos principais índices americanos e
isso tem dado sustentação a recuperação dos mercados. O que vemos nos demais
setores, contudo, é um cenário muito diferente de desempenho:
No que tange ao cenário econômico, destaque para os
PMI´s da Europa. Os índices subiram um pouco acima das expectativas:
A região começa seu processo de reabertura, ou
retorno ao “novo normal”, o que traz uma esperança de que uma retomada
econômica venha a ocorrer nos próximos meses.
Como tenho insistido, a direção dos mercados daqui
a 3 a 12 meses dependerá da velocidade da reabertura, da probabilidade de
termos que entrar em um cenário de “abre e fecha” e dos efeitos secundários da
crise na economia.
Hoje, temos pouca visibilidade sobre estes temas e
os preços dos ativos de risco parecem estar ajustados para este cenário. Por
isso, espero um curto-prazo (1 a 3 meses) de volatilidade, mas sem tendências
definidas.
Obviamente, uma vacina ou tratamento para a
pandemia seria um ponto de inflexão positivo para este ambiente.
Na Coréia do Sul, vemos que as exportações seguem
pressionadas, mesmo que de maneira mais branda do que nos primeiros 10 dias do
mês de maio. O número aponta para uma economia global ainda bastante
fragilizada:
O mesmo pode ser dito das exportações do Japão em
abril. Vemos uma forte alta das importações, fruto da demanda por bens farmacêuticos
para lidar com a pandemia:
O Brasil segue refém do cenário internacional,
ainda precisando lidar com seus desafios políticos internos. A pandemia parece
estar no seu auge localmente, o que gera uma sensação de desconforto.
Espera-se que no final de maio e ao longo de junho
começaremos a ver um arrefecimento deste quadro. Caso isso não ocorra,
poderemos entrar em uma dinâmica mais preocupante no país.
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