Daily News – Todas as atenções voltadas para o Fed.
Os ativos de risco estão apresentando leve correção após uma terça-feira
de forte apreciação.
Além dos sinais emitidos pelo Banco Central Europeu pela manhã
(comentado aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/06/daily-news-europa-draghi-bndes.html)
o dia foi marcado pelo anuncio de que Trump e Xi, Presidente dos EUA e Premier
da China, irão se reunir nas reuniões do G20 no final deste mês no Japão.
Na agenda do
dia, destaque absoluto para a reunião do Fed nos EUA, onde o mercado embute
probabilidade em torno de 30% de um corte de 25bps nas taxas de juros, e/ou uma
sinalização incisiva de que os juros cairão nas próximas reuniões do Comitê. O
mercado precifica em torno de 3 quedas de 25bps nos próximos 12 meses, o que de
certa forma tem sido um vetor importante de sustentação dos ativos de risco.
Entendo que os
mercados devem ficar suportados no curto-prazo pela expectativa de sucesso dos
bancos centrais desenvolvidos no processo de afrouxamento adicional de política
monetária. Tenho grandes dúvidas e receios de quão permanente isso será, dado o
estágio avançado do ciclo econômico e o nível de preços e valuation de varias
classes de ativos.
Por isso tenho
recomendado hedges e proteções relativamente diversas, algumas vêm se
mostrando bem sucedidas nas últimas semanas, outas nem tanto. São eles: Ouro,
JPY, puts de S&P e spreads de Itália contra os Bunds de Alemanha nos
portfólios internacionais.
No Brasil, não há
novidades relevantes. O Senado vetou o “projeto de armamento” de Bolsonaro. Os
ruídos envolvendo o presidente do BNDES começam a se dissipar e a Reforma da
Previdência avança na Comissão Especial.
Os ativos do
Brasil tem sido um dos grandes favorecidos pela melhora no ambiente global e
pelas perspectivas de avanços no cenário local. Sigo construtivo e recomendando
um portfólio balanceado no país. Na atual conjuntura prefiro, nesta ordem, o
mercado de renda variável (através de ações e setores específicos e com a escolha
dos gestores corretos), seguido da curva longa de juros e, por fim e com menos
convicção, do câmbio.
No atual patamar
de preços e volatilidade implícita, já acho válido olhar algum hedge para o risco
de cauda no Brasil seja via opções de dólar ou de Ibovespa.
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