Daily News – Brasil: Congresso avança em sua agenda. Mercados reage de maneira positiva!
Os ativos de risco estão abrindo a terça-feira em tom mais
positivo, sem mudanças relevantes de cenário. Vejo o movimento de hoje como uma
acomodação natural em meio a uma tendência que me parece mais negativa.
No Brasil, ontem foi um dia de forte fechamento das taxas de
juros, com movimento de “flattening” da curva, além da queda do dólar. O
movimento foi suportado por um ambiente global de fechamento de taxas de juros,
alavancado pela sinalização de um possível corte nas taxas de juros nos EUA
dada por um membro do Fed.
Além disso, vemos algum avanço da pauta no Congresso, o que
está ajudando a dar suporte ao bom desempenho dos ativos no Brasil, mesmo em
meio a um pano de fundo internacional mais desafiador.
Venho comentado diariamente sobre minhas expectativas mais
positivas em relação aos ativos locais há algumas semanas e ontem falei sobre o
cenário atual ser semelhante ao cenário de 2011-2012 (aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/06/daily-news-voltando-ao-passado-2011-2012.html)
com destaque ao mercado local de juros.
Acredito que o
Brasil esteja passando por uma mudança estrutural importante, mas que levará
tempo e será permeada de incertezas e volatilidade. De qualquer maneira, vemos
movimentos relevantes que estão ocorrendo na direção de precificar este novo
cenário. Entendo que existam riscos relevantes a este cenário mais construtivo,
que deverão ser devidamente endereçados ao longo do tempo.
Na noite de
ontem, o Congresso mostrou organização e aglutinação em torno da pauta econômica,
que pode ser visto como uma postura positiva para a agenda de reformas
econômicas:
No cenário
internacional, a segunda-feira foi marcada por forte pressão no setor de
tecnologia, que já comentei aqui, https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/06/tecnologia.html.
O PMI
Manufacturing Global compilado pelo JPM Morgan ficou abaixo do importante patamar
de 50 pontos pela primeira vez em vários anos, confirmando o momento negativo
da economia global mesmo na ausência da Guerra Comercial, ou melhor, em meio a
um cessar fogo entre EUA e China que perdurou neste início de ano.
Fonte: JP Morgan
Sigo com visão negativa para o cenário internacional,
recomendando portfólios mais defensivos e com a utilização de proteções.
Continuo gostando de alocações estruturais em ativos no Brasil, em especial no
mercado de juros e na renda variável, mesmo tendo recomendado a redução da
parcela menor e mais tática nesses ativos após o “rally” recente.
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