Daily News – Possível acordo entre China e EUA.
A terça-feira foi
um dia de pressão negativa nos ativos de risco, no Brasil e no exterior.
Os movimentos foram
sustentados por uma nova rodada de dados econômicos negativos no mundo, mas, em
especial, nos EUA. Já há algum tempo tenho comentado sobre o “equilíbrio
instável” dos mercados e a dicotomia entre a esperança do poder de fogo dos
bancos centrais vis-à-vis os sinais inequívocos de desaceleração global.
No Brasil, os
ativos locais seguiram a tendência externa, ainda impulsionados pelos ruídos
envolvendo a potencial soltura de Lula e a Reforma da Previdência.
Continuo bastante
preocupado com o cenário econômico global, mas sigo confortavelmente
construtivo com o Brasil. Entendo que não somos uma ilha e, eventualmente,
seremos afetados pelos eventos ao redor do mundo, mas podemos ser blindados de
uma crise maior por estarmos em outra fase do ciclo econômico e pelo potencial
das reformas.
Todavia, este
processo não será em linha reta. Teremos volatilidade e incertezas no meio do
caminho.
Interessante
observar o movimento do de “flattening” do mercado de juros após a Ata do
Copom, muito em linha com o que tenho comentado neste fórum nos últimos dias,
aqui https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/06/brasil-quick-take.html,
aqui https://twitter.com/DanKawa2/status/1143492993829220352
e aqui https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/06/artigo-investindo-em-um-novo-brasil.html.
Nesta manhã,
destaque para os sinais do Secretário do Tesouro dos EUA apontando para um
potencial acordo entre EUA e China.
No Brasil os
jornais repercutem a decisão e os investimentos potenciais da abertura do
mercado de gás, que comentei aqui https://www.youtube.com/watch?v=7O7NBxDBu1g
e podemos ler aqui https://www.valor.com.br/brasil/6320185/plano-do-gas-pode-destravar-investimentos-de-r-33-bi.
Ainda vejo um ambiente
claro de desaceleração global e sem nenhum sinal de estabilização. Das
proteções que tenho recomendado aqui há meses, acredito que seja hora de
reduzir ou zerar taticamente as alocações em Ouro dado o movimento recente.
Ainda gosto do JPY, da duration da Treasury e de puts de S&P. Os spreads de
Itália contra os Bunds tem sido um detrator importante, mas ainda fazem sentido
em um portfólio.
Nos atuais níveis
de preço, no Brasil, não gosto da curva curta de juros, ainda vejo valor na
parte longa da curva, especialmente de NTN-B. Gosto do mercado de renda variável
local, mas focado em gestores específicos. Não tenho visão estrutural para o
dólar. As vols implícitas baixas do mercado de opção trazem oportunidades para
hedges de “riscos de cauda” no Ibovespa para dezembro.
Os sinais ao
redor do mundo seguem bastante negativos, como podemos ver abaixo.
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