Daily News – Cenário internacional continua desafiador.
Os ativos de risco estão apresentando movimentos de realização
de lucros após algumas semanas de recuperação do humor. Destaque para a forte
queda no preço do Petróleo. Contudo, o movimento é de um clássico dia de aversão
a risco, com queda das bolsas e das commodities, alta dos metais preciosos. O
dólar e o iene operam e alta.
Como tenho reforçado neste fórum diariamente, acredito que a tendência
dos mercados internacionais (não no Brasil) seja mais negativa, mas teremos
volatilidade e momentos de alívio e recuperação, como nas últimas duas semanas.
A postura mais frouxa dos bancos centrais do G4 ajuda a dar
algum suporte, mesmo que pontual e temporário, para os ativos de risco, mas
tenho cada vez mais receio de que estamos no estágio final do ciclo econômico.
Se isso for verdade, nos atuais níveis de preço de várias classes de ativos, o
risco/retorno se mostra pouco atrativo.
No Brasil, estamos em meio a um ponto de inflexão importante
e positivo em que as reformas econômicas, capitaneadas pelo Congresso e
apresentadas pelo Governo começam a avançar. Isso pode colocar o país em uma
situação mais confortável para enfrentar os desafios do mercado internacional.
Enquanto o pano de fundo global for de desaceleração ou fim
de ciclo, mas não necessariamente de crise ou recessão, teremos condições de
observar um bom desempenho relativa e absoluto dos ativos brasileiros. Se o cenário
global se tornar mais nebuloso, com uma crise econômica (ou financeira) e/ou
uma recessão global, nem todas as classes de ativos locais serão capazes de
suportar este ambiente e podem apresentar desempenho relativo mais positivo,
mas não necessariamente desempenho absoluto positivo.
Na agenda do dia, destaque para a alta na inflação da China,
muito puxada pela inflação de alimentação. Os agregados monetários ficaram
dentro das expectativas, sem mostrar uma aceleração mais acentuada que seria
condizente com uma postura mais frouxa por parte do PBoC. A queda nas vendas de veículos continua apontando para um cenário de fraqueza da demanda interna.
Fonte: Bloomberg / Goldman Sachs
Hong Kong vive momentos políticos tensos com manifestações
populares grandes e numerosas, trazendo uma pitada a mais de complexidade para
o cenário da região.
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