Daily News – Brasil: Menos inflação no curto-prazo, mais riscos no longo-prazo.
Os ativos de risco estão abrindo o dia em tom negativo. Como escrevi ontem: Acho difícil acreditar em reversão mais positiva de tendência dos mercados com Petróleo a $120, Gás Natural subindo 10% (e fazendo novo pico) e Treasury 10 anos novamente a 3%. Seguimos em um ambiente internacional bastante desafiador.
O índice de commodities da Bloomberg
atingiu seu pico histórico ontem, mostrando ainda intensa pressão altista na
inflação e pressão baixista para o consumo global:
O quadro geral para a bolsa dos EUA
também não é de todo positivo, com sinais preocupantes em alguns nichos do mercado:
Há indicadores antecedentes que
apontam para uma desaceleração da economia global:
No Brasil, na noite de ontem, o
governo anunciou medidas que visam reduzir o impacto da inflação de energia/petróleo
na sociedade, com impacto fiscal não desprezível. Copio aqui excelente análise
de Juliano Ferreira, Estrategista Chefe de Brasil da corretora internacional
BGC:
Aparentemente o
mercado cogitava um anúncio bem mais negativo, pelos players envolvidos na
reunião e pelo cenário que se desenhava de uma coletiva incomum. Fica a
sensação de que Guedes teve algum êxito ao segurar, pelo menos por agora,
planos mais ambiciosos do próprio Bolsonaro e do centrão. O impacto fiscal, a
despeito de maior do que o previsto, “parece” contido pela trava das receitas
extraordinárias.
Outro ponto de
destaque é o problema regimental e de trâmite legislativo, que pode atrapalhar
a efetivação de todos esses riscos. O governo suplica por uma retórica política
que o livre da culpa pela alta dos preços de combustíveis. A coletiva atende
(parcialmente) a essa demanda. Será suficiente? Continuará dependendo da
escalada de preços e das pesquisas de intenção de voto.
*As análises e
opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão
institucional.
Dan
H. Kawa
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