Daily News – Monetário + Fiscal = Otimismo
O destaque da manhã fica por conta de mais uma rodada de alta das bolsas globais, a despeito de uma acomodação das demais classes de ativos.
Na noite de ontem, o Congresso dos
EUA sinalizou com a possibilidade de um acordo para um pacote de infraestrutura
de cerca de US$1 trilhão. Uma medida nesta direção seria positiva para o
crescimento, para os setores cíclicos da bolsa dos EUA, seria um suporte
adicional ao consumo porém, poderia trazer mais pressão inflacionária à
economia: https://www.wsj.com/articles/infrastructure-negotiators-see-progress-in-senate-talks-11624465033?mod=djemalertNEWS.
Na Europa, os indicadores de confiança
de França e Alemanha apresentaram mais um mês de otimismo e alta, apontando para
a continuidade do processo de recuperação econômica da região:
Nos EUA, as taxas dos “junk bonds” ou
“high yield bonds” – que são emissões de dívida corporativa de empresas menos
saudáveis – voltou a operar nos pisos históricos:
Por ora, não vejo motivos para uma
mudança de tendência neste mercado. Todavia, tampouco me sinto confortável em
investir neste nicho, nos atuais níveis, por acreditar que a relação de risco e
retorno não seja atrativa.
No Brasil, a demissão do Ministro de
Minas e Energia deve ajudar a retirar mais um “fardo” das costas do Governo e
abrir espaço para um Ministro mais moderado. Vejo a medida como levemente positiva
para o quadro político local.
Importante lembrar que “as árvores
não crescem para os céus”, ou seja, em algum momento iremos passar por uma
acomodação do crescimento econômico global, por uma maturação natural do ciclo.
Isso não deve ser visto como negativo, mas pode afetar o preço de ativos que
estejam exagerados ou “esticados”.
Da mesma forma, “os ciclos econômicos
não morrem de causas naturais”, isso é, apenas algum choque de oferta ou um
erro de política monetária ou fiscal seria capaz de alterar o ciclo econômico
de recuperação.
Assim, no curto-prazo, o cenário econômico
segue construtivo e será apenas interrompido pontualmente por espasmos de
volatilidade e correções e nichos específicos do mercado.
Exceto por um choque de oferta ainda não mapeado, o grande risco para este ciclo econômico seria uma inflação mais alta e mais estrutural. Assim, o mercado deverá seguir sensível aos dados econômicos de inflação e emprego, especialmente nos EUA.
*As análises e opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão institucional.
Dan
H. Kawa
CIO
TAG Investimentos
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