Fase do Ciclo
Estamos em um momento interessante do
ciclo econômico e do ciclo dos mercados.
Os EUA começaram a mostrar uma
desaceleração mais clara e acentuada, enquanto o resto do mundo aparente estar
se estabilizando em patamar deprimido.
O mercado espera que o Fed se torne
mais “dovish” – quem sabe cortando os juros em 50bps na próxima reunião?
Enquanto isso, alguns BCs de
economias desenvolvidas dão sinais de fadiga, como Austrália, Canadá, ECB...
Este pano de fundo ajuda a um
movimento de dólar mais fraco no mundo, que sustenta os ativos de risco. O
mercado segue confiante que as medidas de política monetária serão capazes de
rever os sinais de recessão.
A China anuncia medidas adicionais de
estímulo, ainda muito mais reativa do que proativa.
Os ativos de risco, assim, seguem
mantendo os “ranges” recentes. Tenho apontado o S&P como exemplo entre
2.800 e 3.000 pontos.
No Brasil, a aprovação da Cessão
Onerosa, o avanço da Previdência e alguma acalmada do humor em relação a outros
países emergentes acaba ajudando a dar impulso aos ativos locais.
O Real (BRL) tenta se estabilizar
abaixo de 4.15. Ainda é cedo para “cantar vitória”, mas está dentro do cenário
que venho apontando neste fórum. Talvez estejamos em um novo “range”, agora na
ordem de 4,00 com 4,20 e não mais no 3,80 com 4,15.
O mercado de juros segue ajudado
pelo cenário local e externo de juros mais baixos, crescimento módico, e
inflação controlada. A queda de juros e o comunicado no Chile ontem, com corte
de 50bps, ajuda a dar um tom positivo para este mercado.
Para se posicionar, sigo gostando de
bolsa no Brasil, em gestores e classes específicas. Vejo o dólar mantendo este
novo range apontado acima. Para quem gosta de “operar curto-prazo”, a
volatilidade traz oportunidades. Estruturalmente, vejo pouco a se fazer. Entendo
que os juros ficarão baixos por mais tempo no Brasil, o que mostra algum prêmio
na curva de juros. Não gosto do risco/retorno nos atuais níveis.
Sigo com cenário externo mais
desafiador, usando este mercado como proteção. Nas alocações offshore, buscando
posições defensivas e ativas.
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