Copom, FOMC e Petrobras.


O Copom caiu a Selic em 50bps como era amplamente esperado. Contudo, seu comunicado foi bastante suave (dovish), já que suas previsões de inflação estão baixo da meta e comportadas. O comunicado voltou a sinalizar para novas quedas na Selic.

Exceto por uma mudança brusca externa, vejo a decisão como positiva para a curva de juros e para a bolsa, em especial os setores e ações cíclicos locais. O dólar deve permanecer pressionado, mesmo com o anúncio de um leilão no mercado a vista.

O mercado de juros me parece tecnicamente saudável, o que deve favorecer um movimento de fechamento adicional de taxa, com o mercado precificando juros terminais em torno de 4,5%-5%.

A Petrobrás anunciou aumento no preço da Gasolina, para compensar a alta no mercado internacional. A decisão é positiva para as ações da empresa e deve ser bem recebida pelo mercado.

O Fed Cortou os juros em 25bps como era amplamente esperado. A decisão foi dividida em 7x3, com 2 membros querendo manutenção e um membro querendo queda de 50bps.Poucas mudanças no comunicado. Os “dots” mostram um comitê muito divido quanto a cortes adicionais. Achei levemente mais hawkish, mas se o cenário piorar eles certamente podem cair mais. O problema é que serão reativos e não proativos pelo visto.

O dia foi de dólar forte no mundo e “flattening” da curva de juros. As bolsas se recuperaram após breve “sell-off”.

Sigo com uma visão estrutural positiva para a bolsa do Brasil, via ativos cíclicos locais, através de gestores de “Valor” e “Mid & Small Caps”.

Continuo bastante preocupado com o mercado internacional, a despeito de alguns sinais de melhora em algumas frentes. Ainda vejo muitos riscos, um cenário base em que as bolsas internacionais se mantêm voláteis, mas sem tendência definida.

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