Daily News – Guerra Comercial, Banco Central Europeu e CPMF.
Os ativos de risco estão operando com tom
positivo, mas longe dos melhores momentos da noite.
O destaque fica por conta do anúncio pelos
EUA de que irão adiar as tarifas adicionais sobre as importações de produtos da
China de 1 para 15 de outubro. Este é mais um sinal de “goodwill” positivo para
que ambos os países cheguem a um acordo comercial.
Este movimento feito pelos EUA deve
manter o cenário de curto-prazo mais positivo, mesmo que eu ainda veja enormes
desafios de longo-prazo para a economia global.
De qualquer forma, pegando o S&P
como parâmetro – como temos feito quase que diariamente – significa que o
patamar de 3.000 pontos deve ser testado, mas ainda vejo como uma “banda” de
cima do “range”, que deveria ser respeitado.
As atenções do dia estarão voltadas
para a decisão do Banco Central Europeu (BCE). Espero um corte de juros, um “forward
guidance” e uma série de promessas de medidas adicionais caso o cenário
demande. Não tenho certeza de que teremos o anúncio de uma nova rodada de QE já
nesta reunião.
Tendo a acreditar que as medidas serão
inócuas no longo-prazo, mas talvez suficientes para manter o humor de
curto-prazo mais construtivo.
O mercado gosta de operar narrativas e
a narrativa do momento é a possível recuperação do crescimento global e a aproximação
entre EUA e China. Apenas se estes vetores forem desafiados, teremos uma mudança
de tendência. Acomodação e/ou realizações de lucro de curto-prazo são
possíveis.
No campo econômico, a produção
industrial da Europa apresentou queda de 0,4% MoM e 2% YoY, abaixo das
expectativas, mostrando um quadro ainda desafiador de crescimento.
No Brasil, o debate da CMPF foi
enterrado com a demissão do Secretário da Receita. A CPMF é um imposto ruim e
sua queda deve ser vista como positiva. Escrevi ais sobre o país aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/09/brasil-de-volta-ao-jogo.html.
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