Curto-Prazo vs Longo-Prazo
Estamos encerrando a primeira semana
de setembro em tom muito mais positivo do que aquele verificado em agosto.
Acho que estamos naquele clássico
momento em que precisamos diferenciar o curto-prazo do longo-prazo.
No curto-prazo, a possibilidade de
aproximação entre China e EUA, um possível arrefecimento dos problemas em Hong
Kong, algum sinal de solução para o Brexit e Bancos Centrais acomodatícios nas
economias desenvolvidas dão suporte ao mercado.
No longo-prazo, não vejo um acordo
entre China e EUA no horizonte relevante de tempo. Acho que a situação ainda
precisa piorar antes de melhorar definitivamente. Acho que a cadeia produtiva
global já foi afetada e terá efeitos duradouros no crescimento.
A situação em Hong Kong está longe
de uma solução estrutural, ainda não há definição para o Brexit e vejo enormes
restrições para a atuação dos Bancos Centrais. O crescimento mundial ainda mostra sinais extremamente preocupantes.
Assim, um portfólio balanceado
ainda é a melhor opção.
Hoje, os dados de emprego nos EUA
mostraram uma desaceleração de vagas contratadas, com um qualitativo pior.
Existe alguma pressão salarial. Um “mix” não muito positivo para o longo-prazo,
mas satisfatório para não alterar o bom humor de curto-prazo.
O Presidente do Fed, Powell,
manteve o tom recente, praticamente ratificando as perspectivas de corte de
25bps na próxima reunião do FOMC, mas mostrando que o Fed será reativo e não
proativo.
No Brasil, estamos seguindo o
humor global a risco, de maneira geral, com dólar mais fraco, juros ancorados e
recuperação da Bolsa. Esta, por sua vez, com movimentos relevantes entre
empresa e setores, o que fica evidente no desempenho dos fundos de ações.
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