Daily News – Otimismo prevalece. Juros abrem taxa.
A noite foi de poucas novidades.
Destaque da agenda do dia para os dados de emprego nos EUA as 9h30. Daria
atenção especial ao “mix” entre criação de vagas de trabalho e os rendimentos
médios reais, que podem trazer informações relevantes para a dinâmica dos ativos
de risco no curto-prazo.
Nos últimos dias, o destaque ficou por
conta de um forte “sell-off” no mercado de bonds desenvolvidos, ou acentuada
abertura de taxa de juros destes mercados.
O sinal de aproximação entre EUA e
China e a possibilidade de medidas menos agressivas de política monetária nos
EUA e na Europa – após declarações nesta linha no Canada e na Austrália –
explicam parte destes movimentos.
A outra parte pode ser explicada por
uma posição técnica comprometida e por um “valuation” esticado. Vejo um
curto-prazo desafiador para essas posições, mas ainda vejo valor no mercado de
juros dos EUA, onde acredito que as taxas curtas voltarão ao patamar de zero nos
próximos meses.
A China anunciou um corte de 50bps no
Reserve Ratio, ou vulgo compulsório. Esta medida já havia sido sinalizado há
alguns dias atrás. A medida é positiva para manter os ativos de risco
sustentados no curto-prazo, como tenho escrito nos últimos dias. Ainda tenho dúvidas
de que será suficiente para reverter o quadro de desaceleração estrutural da
economia.
Na Alemanha, a produção industrial de
julho voltou a decepcionar, com uma queda superior as expectativas (-0,6% MoM
vs expectativas de +0,4% MoM). Aqui, não há nenhuma novidade. Os sinais de desaceleração
e recessão continuam espalhados, enraizados e crescentes.
Na minha humilde visão, e tentando ser
muito "contrarian" dado a dinâmica e os preços de mercado, a
nova bolha está no mercado de crédito nos EUA. Porém, só veremos isso em uma
eventual desaceleração da economia, que me parece cada vez mais próxima:
No Brasil, a dinâmica de fechamento do
mercado ontem foi ruim, com o dólar não conseguindo confirmar o rompimento do
4,10 (para baixo) e a bolsa entregando bastante performance no final do dia.
Houve um certo ruído com a indicação do
novo nome para a PGR, além de alguma acomodação dos preços externos.
"Corporate profits used to be
directed mainly to capital spending, now they go to dividends and share
buybacks"
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