Daily News – Aversão a Risco: Crise energética se acentua
Os ativos de risco estão abrindo o dia com clara aversão a risco (bolsas e commodities em queda e dólar forte). Interessante notar, contudo, que as taxas de juros no mundo desenvolvido se mostram mais firmes, abrindo levemente taxas, assim como as Cryptos estão apresentando dinâmica positiva em meio à turbulência externa.
Na carta mensal de setembro
discorremos mais a fundo sobre este pano de fundo mais negativo de curto-prazo,
assim como falamos de nossa redução nas alocações de ações internacionais: https://www.taginvest.com.br/arquivos/carta-mensal-setembro-2021.pdf.
Seguimos sem solução ou endereçamento
dos principais desafios que afligem o mercado neste momento, como: crise
energética (China e Europa), crise de crédito e no mercado imobiliário na
China, alta da inflação global, normalização monetária nas principais economia
do mundo.
Em relação a crise energética, o Gás
Natura sobe 40% no dia no Reino Unido. Os estoques estão perigosamente baixos e
o “ESG” acabou trazendo um período longo de baixo investimento neste setor:
Um aumento nesta velocidade e
magnitude do Gás Natural (além de petróleo e derivados) é um enorme choque de
oferta na economia, reduzindo rendimento real, afetando o poder de compra, que
leva a uma inflação mais alta e um crescimento mais baixo do mundo. Um dos
piores cenário possíveis para uma economia.
Neste momento, tenho baixa
visibilidade de como isso será endereçado e qual será a duração deste choque.
Ontem comentei sobre a divulgação do
ISM Non-Manufacturing nos EUA, um dos indicadores de crescimento/confiança mais
importantes e “onlines” da economia: https://twitter.com/DanKawa2/status/1445389212954644485?s=20.
Nessa
linha, o PMI global mostra tendência na mesma direção: Acomodação do crescimento,
aumento do custo (redução de margens para as empresas) e problemas de
distribuição na cadeias produtiva:
Atenção precisa ser dada aos sinais
mais negativos de crescimento no Brasil: https://twitter.com/DanKawa2/status/1445517913897648134?s=20.
Na Europa, as vendas no varejo de
agosto apresentaram alta de 0.3% MoM, abaixo das expectativas do mercado de
0.8% MoM. Há sinais de desaceleração do crescimento, que seriam normais após a
recuperação da pandemia, mas que ganham um tom mais negativo em meio ao pano de
fundo de uma crescente crise de energia:
Na Alemanha, o Factory Orders apresentou
queda de 7.7% em agosto, muito abaixo das expectativas do mercado:
No Brasil, estamos entrando neste
ambiente em situação bastante delicada e frágil, o que manterá nossos ativos
bastante sensíveis a deterioração internacional.
Ontem, o novo Marco das Ferrovias foi
aprovado pelo Senado.
*As análises e
opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão
institucional.
Dan
H. Kawa
CIO
TAG Investimentos
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