Daily News – Risk-Off!

Estamos abrindo o dia com movimentos acentuados e generalizados de aversão a risco (risk-off), com queda das bolsas e das commodities, dólar forte e fechamento das taxas de juros nos países desenvolvidos.



Nas últimas horas, vimos uma mudança de postura dos governos com relação a “segunda onda” da pandemia, com países como França e Reino Unido adotando, novamente, postura mais dura e generalizada, com relação as restrições de circulação, com intuito de conter o ciclo de infecção.


 
Isso terá impacto desastroso sobre a economia e o crescimento, colocando algumas empresas e setores em estado de calamidade. O risco, agora, a luz do mercado, é que outros países sigam nesta mesma direção.

 

Este era um risco que vínhamos monitorando, mas não parecia que “lockdowns” mais generalizados iriam ser adotados novamente. Agora, está probabilidade começa a ser questionada novamente, gerando ruídos de curto-prazo no mercado.

 

Espero um curto-prazo de volatilidade e incerteza, até que o cenário esteja mais claro. Comentei sobre a piora do risco x retorno dos mercados internacionais mais a fundo ontem, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/10/daily-news-brasil-x-mundo.html.

 

Além da pandemia, a eleição americana ainda é uma incerteza que precisa ser endereçada, assim como a um novo pacote fiscal nos EUA é fundamental para ajudar a economia na travessia deste período de maiores desafios.

 

No Brasil, somos passageiros de toda essa situação, com nossas peculiaridades. Vimos uma melhora na direção do debate fiscal nos últimos dias, mas os desafios e problemas ainda são enormes e medidas concretas urgem e são essenciais.

 

Como comentei ontem, nas próximas semanas, teremos eventos decisivos do ponto de vista de cenário econômico, com as eleições para presidente dos EUA, uma decisão sobre que caminho irá tomar o fiscal no país e como irá se desenvolver a pandemia e uma potencial vacina.

 

Sou construtivo para o ano de 2021, porém cauteloso em termos de preços, posição técnica, volatilidade no curto-prazo (1 a 3 meses).

 

Neste ambiente, gosto de manter posições estruturais, com grandes teses de longo-prazo, ajustar o tamanho de algumas posições para a piora do risco x retorno e a posição técnica de curto-prazo, além de buscar proteções para eventuais períodos de volatilidade.

 


Dan H. Kawa

CIO TAG Investimentos

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