Daily News – Fiscal, Eleição Americana e Pandemia.
Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom misto. O destaque positiva fica para o bom desempenho das bolsas, especialmente os futuros dos índices nos EUA. O destaque negativo fica para as moedas emergentes, que ainda operam pressionadas.
A “novidade” mais relevante do final de semana ficou por conta das
pesquisas de intenções de votos para a corrida presidencial americana. Por um
lado, Biden mantém sua liderança nas pesquisas. Por outro lado, contudo, essa
liderança apresentou forte queda em relação ao mês passado.
Biden mantém uma distância da ordem de 7 a 10pts em relação a Trump, em
comparação a cerca de 10 a 15pts das pesquisas de um mês antes. Os números
recentes mostram que a mudança de postura de Trump parece estar fazendo efeito.
Nas últimas semanas, vimos Trump tentar “voltar a sua base”, com uma
postura mais agressiva em relação a seus parceiros comerciais (China, Canadá e Europa,
por exemplo), voltar a prometer cortes de impostos e utilizar o bom momento dos
mercados e a recuperação dos dados econômicos como “vitrine” de sua campanha.
Os números a seu favor, pelo menos a derivada dos números, levam a crer
que Trump pode acelerar e aprofundar o discurso em torno dessas plataformas de
campanha. O maior risco, e curto-prazo, seria um distanciamento em relação aos
parceiros comerciais e uma nova “Guerra Comercial”.
No Brasil, o destaque do final de semana ficou por conta do debate
fiscal. Falei profundamente sobre isso no Podcast Semanal, aqui: https://anchor.fm/tag-investimentos/episodes/1582020---Cenrio--por-Dan-Kawa-TAG-Investimentos-ei6k5t.
Não há muita certeza sobre o tema. A mídia ventila uma potencial saída
de Paulo Guedes do governo. Já Paulo Guedes, nega sua saída para consultorias
políticas privadas. O Teto dos Gastos parece estar em debate, assim como a trajetória
dos gastos públicos. Este foi tema de alguns de meus “comentários” na semana passada.
No que tange a temporada de resultados corporativos no Brasil, o BTG Pactual
fez um bom resumo sobre o tema, aqui:
Interessante observar a tendência do Covid-19 no mundo. Eu entendo que o mercado não esteja dando muita atenção ao tema, ainda sustentado pela liquidez global abundante e pela expectativa de uma vacina:
Contudo, acho importante frisar que o aumento do número de casos levará a medidas de maior restrição de mobilidade e restrições econômicas e isso pode vir a atrasar a recuperação em muitas regiões do mundo.
Estes dados estão em linha com a minha tese de estarmos entrando na
terceira fase deste mini ciclo econômico, em que a recuperação em formato de “V”
ficou para trás e dará lugar uma recuperação mais errática e heterogênea entre
setores econômicos e regiões do mundo.
Não sou grafista, mas achei interessante este gráfico da Nasdaq:
A Goldman Sachs revisou para cima seu target para o S&P500 este ano:
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