Daily News – Update
Para não passar o feriado prolongado em branco,
quero utilizar está oportunidade para fazer uma breve atualização sobre os
últimos eventos no Brasil e no mundo.
Em relação ao Coronavírus, a despeito do aumento
expressivo do número de casos e de fatalidades no Brasil e nos EUA, ambos
parecem estar abaixo da curva de projeção dos modelos estatísticos. A situação na
Europa segue melhorando.
Um protocolo de tratamento para o vírus começa a
ser utilizado de maneira mais massiva e os resultados se mostram animadores.
No tocante ao Petróleo, parece haver um acordo na
OPEP para uma redução expressiva de produção, algo que já vinha sendo ventilado
na mídia ao longo de toda a semana passada. Neste momento, o México se mostra
como um empecilho, mas as conversas são fluidas.
Falando de economia, vimos ontem importantes dados na
China e nos EUA. Existe um debate se está crise será inflacionária ou
deflacionária. Acho o debate válido para o longo-prazo, mas o curto-prazo deve confirmar
o caráter deflacionário da crise.
Vimos ontem queda de 0,1% MoM no Core CPI nos EUA:
Além de forte arrefecimento do CPI na China:
Outro ponto importante, é a continuidade da atuação
dos bancos centrais e dos governos com intuito de dar suporte à economia
global. Os dados de agregados monetários na China mostraram forte avanço dos
empréstimos em março, marcando uma mudança de postura por parte do PBoC e do
Governo:
Neste sentido, vemos a China, aos poucos e segundo
dados oficiais, voltando ao normal:
Finalmente, é natural que está “parada brusca” da
economia global leve à uma queda expressiva do lucro das empresas, algo que –
em parte – passou a ser precificada no mercado nas últimas semanas:
Acredito que hajam vetores suficientes para “estancar”
está crise e o mercado, no mínimo, parar de piorar. Contudo, acredito que este será
um processo de alguns meses e repleto de incertezas e volatilidade.
Assim, vejo um mercado altistas estruturalmente
(longo-prazo), mas com volatilidade taticamente (curto-prazo). Após a
recuperação recente dos ativos de risco, acho válido voltar a olhar proteções
(mesmo que essas ainda estejam relativamente caras historicamente) ou manter um
pedaço do portfólio para alocações mais táticas.
Ainda acredito que a bolsa no Brasil tenha
descontado de maneira mais aguda um cenário negativo se comparada a bolsa dos
EUA, mas também entendo que a composição dos índices americanos, com peso
grande ao setor de tecnologia, justifica parte desta diferença.
Segue aqui nosso resumo da semana: https://anchor.fm/tag-investimentos.
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