Daily News – Petróleo, Coronavírus e Crescimento.
Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom levemente
negativo, após uma semana de recuperação dos mercados.
O destaque do final de semana ficou por conta dos
sinais de arrefecimento nas curvas de contaminação do Coronavírus na Europa, EUA
e Brasil. Aqui valem as ressalvas de sempre em relação aos dados oficiais,
capacidade de testes de cada país e afins. De maneira geral, é um sinal de que
a pandemia possa ser, em algum momento das próximas semanas, controlada.
Além disso, a OPEP chegou a um acordo de expressivo
corte na produção de petróleo. A despeito do acordo histórico, os especialistas
dizem que o corte ainda não deixará o mercado balanceado, dado a queda expressiva
da demanda nas últimas semanas. Todavia, o acordo retira um risco de cauda
adiciona do cenário de curto-prazo:
No tocante ao crescimento global, os dados de
exportação dos primeiros 10 dias de abril na Coréia do Sul confirmam a perda de
momento da economia global. Este é um dos números mais “online” que temos para
o crescimento do mundo:
O número também é reforçado por indicadores de alta
frequência que mostram enorme desvio padrão em relação à média histórica:
Não é à toa, assim, que a quantidade de QE que será
feita nos próximos meses pelos BC´s globais supera tudo aquilo que já foi feito
no mundo anteriormente:
No mercado de câmbio, importante enfatizar que a
pressão altista no dólar não parece ser especulativa, mas um movimento real de
busca pela moeda americana:
Finalmente, importante observar o valuation da
bolsa dos EUA, mas baixo do que antes, mas ainda não uma barganha. Observe a
importância dos juros baixos para justificar tais níveis de preços e valuations
ao longo da história:
No Brasil, destaque apenas para a fala de Paulo
Guedes de que poderia utilizar, em algum momento, as reservas internacionais
para ajudar a “pagar a conta” do estímulo fiscal de curto-prazo.
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